Mais de 200 pessoas, entre amigos, parentes e
torcedores, se despediram do ex-jogador Vivinho nesta terça-feira em
Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Ídolo de Vasco e Uberlândia Esporte, na
década de 1980, Vivinho morreu no domingo na casa dele, no Rio de
Janeiro. O corpo do ponta-direita foi sepultado no cemitério Campo do Bom Pastor após
seguir em cortejo aberto no caminhão do Corpo de Bombeiros. Natural de
Uberlândia, Vivinho fez história com a camisa do Vasco e chegou à Seleção
Brasileira. No Uberlândia Esporte, ele foi autor do gol que deu o título mais
importante do clube, a Taça de Prata, em 1984.
O cortejo passou pelo centro da cidade,
em frente ao estádio Juca Ribeiro, onde o Uberlândia mandava os jogos até a década
de 1980, em um trajeto que durou 12 quilômetros até o cemitério Bom Pastor. Antes
do sepultamento, amigos, torcedores e familiares fizeram uma oração. O caixão
foi coberto por uma bandeira do Uberlândia Esporte antes de ser sepultado.
Campeão carioca e brasileiro pelo Vasco em 1988 e 1989,
respectivamente, o ponta-direita chegou a defender a Seleção. Vivinho ficou
marcado na memória dos vascaínos por um jogo contra a Portuguesa, pelo
Brasileiro de 1988, quando recebeu uma bola na área, deu três lençóis no
volante Capitão e completou para o gol. O lance lhe rendeu até placa em São
Januário.
Vivinho, revelado pelo Uberlândia Esporte, foi o autor de um dos gols
mais importantes da história do time mineiro. Foi dele o gol sobre o Remo, no
dia 28 de março de 1984, no Parque do Sabiá, que valeu o título da Taça de Prata
(equivalente à Série B do Campeonato Brasileiro) para o time mineiro. Como uma
das últimas homenagens ao ídolo, em gratidão por tudo que o jogador representou
ao clube, a diretoria do Uberlândia Esporte levou o corpo de Vivinho para
ser velado em Uberlândia.
De acordo com a irmã Franciele Alves, Vivinho disputou um
campeonato de master em Altamira, no Pará, quando levou uma cotovelada do
goleiro adversário, quebrou o nariz e teve um afundamento da face. No Pará, o
ex-jogador foi submetido apenas à cirurgia no nariz e voltou ao Rio de Janeiro,
onde morava. Ainda segundo Franciele, Vivinho estava se recuperando em casa. De
acordo com a família, o corpo de Vivinho foi velado na Igreja Nova Vida, em
Higienópolis, bairro do Rio de Janeiro, onde o ex-jogador era pastor.