Tem mais uma para lista de Waldir Maranhão. Além das manobras na Câmara, dos inquéritos no Supremo, agora surgiu a suspeita de que o filho dele foi funcionário fantasma do Tribunal de Contas do Maranhão nos últimos três anos.
O salário era de R$ 7.500 para o cargo de assessor de conselheiro Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso era funcionário comissionado do Tribunal de Contas do Estado desde 2013.
Acontece que Thiago Maranhão é médico e, segundo o cadastro do Ministério da Saúde, há cinco anos vem trabalhando em outros estados.
De 2011 a 2014, atuou como residente no Hospital de Ipanema, no Rio de Janeiro. E desde então, é médico anestesista no Instituto Dante Pazanezzi, em São Paulo.
Em uma postagem em uma rede social em março, o pai dele, o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão - do PP, se diz orgulhoso "pelo homem que o filho se tornou", que "se formou médico" e que “voou para o mundo, por uma boa causa".
O filho de Waldir Maranhão foi nomeado pelo conselheiro Edmar Cutrim, na época presidente do TCE. Cutrim é um ex-deputado estadual, que tem filhos na política - aliados de Waldir Maranhão no estado.
Na foto apresentada na reportagem, um dos filhos do conselheiro - o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, aparece ao lado de Waldir em um encontro em Brasília.
Quando o Tribunal de Contas do Estado começou a ser questionado sobre a suspeita de que o filho de Waldir Maranhão seria um funcionário fantasma, a presidência do TCE decidiu exonerar Thiago Maranhão do cargo.
A exoneração foi assinada na última segunda-feira (9), pelo presidente do TCE, Jorge Pavão, que não quis gravar entrevista.
O conselheiro que nomeou Thiago Maranhão, Edmar Cutrim, também não quis se manifestar.
Essa é mais uma polêmica envolvendo Waldir Maranhão e a família. O presidente em exercício da Câmara responde a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Um da operação Lava-Jato, por suspeita de ter recebido propina do esquema de corrupção da Petrobras, e outros dois sobre um suposto esquema de fraude em fundos de pensão municipais.
O Bom Dia Brasil procurou o deputado Waldir Maranhão, mas ele não retornou o contato.
O Bom Dia Brasil também não conseguiu falar com o filho dele, Thiago Maranhão, acusado de ser funcionário fantasma.