Edição do dia 10/05/2016

10/05/2016 08h29 - Atualizado em 10/05/2016 10h29

Filho de Maranhão pode ter sido funcionário fantasma do TC do MA

Thiago Maranhão era funcionário comissionado do Tribunal de Contas do estado desde 2013, mas há cinco anos trabalha em outros estados.

Tem mais uma para lista de Waldir Maranhão. Além das manobras na Câmara, dos inquéritos no Supremo, agora surgiu a suspeita de que o filho dele foi funcionário fantasma do Tribunal de Contas do Maranhão nos últimos três anos.

O salário era de R$ 7.500 para o cargo de assessor de conselheiro Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso era funcionário comissionado do Tribunal de Contas do Estado desde 2013.

Acontece que Thiago Maranhão é médico e, segundo o cadastro do Ministério da Saúde, há cinco anos vem trabalhando em outros estados.

De 2011 a 2014, atuou como residente no Hospital de Ipanema, no Rio de Janeiro. E desde então, é médico anestesista no Instituto Dante Pazanezzi, em São Paulo.

Em uma postagem em uma rede social em março, o pai dele, o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão - do PP, se diz orgulhoso "pelo homem que o filho se tornou", que "se formou médico" e que “voou para o mundo, por uma boa causa".

O filho de Waldir Maranhão foi nomeado pelo conselheiro Edmar Cutrim, na época presidente do TCE. Cutrim é um ex-deputado estadual, que tem filhos na política - aliados de Waldir Maranhão no estado.

Na foto apresentada na reportagem, um dos filhos do conselheiro - o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, aparece ao lado de Waldir em um encontro em Brasília.

Quando o Tribunal de Contas do Estado começou a ser questionado sobre a suspeita de que o filho de Waldir Maranhão seria um funcionário fantasma, a presidência do TCE decidiu exonerar Thiago Maranhão do cargo.

A exoneração foi assinada na última segunda-feira (9), pelo presidente do TCE, Jorge Pavão, que não quis gravar entrevista.

O conselheiro que nomeou Thiago Maranhão, Edmar Cutrim, também não quis se manifestar.

Essa é mais uma polêmica envolvendo Waldir Maranhão e a família. O presidente em exercício da Câmara responde a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Um da operação Lava-Jato, por suspeita de ter recebido propina do esquema de corrupção da Petrobras, e outros dois sobre um suposto esquema de fraude em fundos de pensão municipais.

O Bom Dia Brasil procurou o deputado Waldir Maranhão, mas ele não retornou o contato.

O Bom Dia Brasil também não conseguiu falar com o filho dele, Thiago Maranhão, acusado de ser funcionário fantasma.

 

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