Familiares, amigos e conhecidos de Vivian Laís Philippi, morta em 4 de março, fizeram um ao em agradecimento pela prisão do suspeito de praticar o crime, dia 17 de abril. Uma passeata reuniu dezenas de pessoas na manhã deste sábado (25), em Içara, no Sul catarinense, para lembrar da garota e pedir o fim da violência.
Por volta das 9h30, os participantes se reuniram levando faixas, cartazes e vestindo camisetas brancas com o rosto estampado de Vivian. Viaturas do Corpode Bombeiros e das polícias Civil e Militar também acompanharam o ato.
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Quando a passeata chegou na região central de Içara, comerciantes e pessoas que estavam na rua pararam para ver a manifestação.Depois, os participantes ficaram no meio da rua e deram as mãos para ouvir a mãe da adolescente.
Anna Luiz Muller Philippi falou sobre a importância da mobilização contra a violência e agradeceu à Polícia Civil por ter solucionado o caso. O protesto teve cerca de uma hora de duração.
Investigações
De acordo com a Polícia Civil, um exame de DNA comprovou que um rapaz de 18 anos preso na semana passada foi responsável pelo crime. O delegado Rafael Iaco, afirmou que resultados de exames apontaram que Mateus Julio da Silva estuprou a jovem e a matou por asfixia em um terreno a 200 metros da casa da vítima. O local onde o corpo foi encontrado era um depósito de material de construção.
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“Foi feita a coleta do material genético e reconhecimento dele pela testemunha, que no começo das investigações passou a compleição física do individuo”, informou o delegado.
Segundo o delegado, Silva matou a jovem para não ser preso. “Ela foi estuprada e depois foi morta para o autor poder não ser reconhecido pela vítima. Ele será indiciado por estupro e homicídio qualificado”, afirmou o delegado nesta quarta.
A família da jovem recebeu a notícia do indiciamento com alívio. “A justiça foi feita, graças a Deus. Mas e o tempo dele lá dentro? É isso que importa”, afirmou a mãe da adolescente. “A dor é enorme”, disse o pai de Vivian, João Plínio Philippi. “As cicatrizes estão muito abertas ainda”.