Edição do dia 08/06/2016

08/06/2016 14h00 - Atualizado em 08/06/2016 14h14

Número de salões de beleza quase quadruplicou nos últimos quatro anos

Em 2012, eram 155 mil salões. Hoje, já são quase 600 mil, segundo Sebrae.
Empreendedor deve planejar a abertura do negócio.

Elaine BastSão Paulo, SP

Os salões de beleza se multiplicaram na época em que nossa economia crescia sem parar, e mesmo agora, em plena crise, continuam surgindo novos salões. O que é um grande risco para o empreendedor.

Enquanto o movimento de clientes cai a concorrência entre os salões de beleza aumenta. A cada mês são abertos cerca de nove mil estabelecimentos, segundo levantamento feito pelo Sebrae. Em quatro anos, o número de salões praticamente quadruplicou no país.

Em 2012, eram 155 mil. Hoje, já são quase 600 mil. Enquanto a economia estava crescendo o aumento do número de novos salões era positivo, mas agora essa não é uma boa notícia, diz o diretor do Sebrae.

“A pessoa perde o emprego, levanta o Fundo de Garantia e vai investir seu dinheiro na montagem, no salão de beleza. Infelizmente o que explica esse aumento no Brasil não é a nossa economia indo bem, muito pelo contrário, é a crise, é o desemprego”, diz o superintendente do Sebrae, Bruno Caetano.

Na pressa para dar a volta por cima tem muita gente virando empresário sem se planejar.  O resultado é que de cada cem empresas abertas, 24 fecham as portas antes de completar dois anos. Por isso é tão importante se preparar.

“Uma pessoa que se prepara para abrir consegue ter uma redução de despesa da ordem de 40% com água, luz, telefone, com produtos químicos utilizados, então se preparar bem tanto você quanto seu funcionário vai fazer com que gaste menos e sobre mais dinheiro no final do mais”, fala Caetano.

Pessoas que desejam abrir o próprio negócio, buscam fazer cursos na área, como o Airton Mendes, ex-bancário, que vai abrir uma empresa de massagem. Ele está confiante.

“A crise, ela está aí, mas eu acho que você não pode simplesmente abaixar a cabeça e falar "não tem nenhuma saída". Acho que você tem novas formas de recomeçar, um novo, uma nova forma, um novo empreendimento, tanto que o curso chama empreendedor por isso”, fala Airton.

 


 

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