Rio

Pezão promete reocupação policial do Complexo do Alemão

Governador anunciou que vai reforçar o efetivo da UPP local e destacou que a PM já formou mais de 1,1 mil homens desde o início do ano
Governador Luiz Fernando Pezão destacou que a PM já formou mais de 1,1mil homens desde o início do ano e pretende usar o efetivo para reforçar a UPP do Complexo do Alemão Foto: Gabriel de Paiva/Arquivo / Agência O Globo
Governador Luiz Fernando Pezão destacou que a PM já formou mais de 1,1mil homens desde o início do ano e pretende usar o efetivo para reforçar a UPP do Complexo do Alemão Foto: Gabriel de Paiva/Arquivo / Agência O Globo

RIO - O governador Luiz Fernando Pezão anunciou neste domingo que o Complexo do Alemão será ocupado novamente pela Polícia Militar, para fortalecer a política de pacificação praticada nas comunidades. Desde a semana passada, o patrulhamento na região tem sido reforçado por membros do Comando de Operações Especiais (COE) da corporação. No entanto, desde o início de abril, quatro pessoas morreram durante confrontos entre policiais e criminosos. Entre eles, o menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, atingido por tiro de fuzil na última quinta-feira.

— A gente já vem discutindo o fortalecimento de algumas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O Alemão é uma delas. Vamos entrar mais forte, fazer uma reocupação. Vamos fortalecer, colocando mais policiais. Nesses três meses de governo, já formamos mais de 1.100 policiais militares, e vamos intensificar a ocupação no Alemão — garantiu o governador.

Consciente do clima de comoção que atingiu a área após as mortes provenientes dos confrontos, Pezão destacou que o desejo de paz tem se alastrado pela cidade, e reconheceu a necessidade de aperfeiçoamento dos mecanismos utilizados pelas UPPs.

— Por todas as comunidades que eu ando, vejo que as pessoas querem a paz. E nas comunidades que ainda não foram pacificadas, as pessoas pedem que a gente leve as UPPs. Claro que a gente tem que se adaptar. É um processo de seis, sete anos, que a gente tem que ir reavaliando, vendo o que deu certo, o que deu errado, e ir adaptando. A gente sabe que não é só segurança. Segurança é um instrumento para nós levarmos a saúde, a educação, a ação social, o tratamento de esgoto, o abastecimento de água. Estamos fazendo um grande esforço e não vamos retroceder— concluiu.