O pai do ator Paul Walker processou a Porsche nesta quarta-feira (25) pelo acidente de carro que em 2013 matou o ator da franquia "Velozes e Furiosos". Responsável pelo espólio do astro, Paul William Walker III – o nome de batismo do astro era Paul William Walker IV – entrou com uma ação alegando que o Porsche Carrera GT do qual o filho era passageiro não tinha alguns equipamentos de segurança que poderiam ter garantido sua sobrevivência.
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O valor da indenização não foi especificado. A montadora não retornou o contado para comentar o processo.
A ação movida por Paul Walker III cita recursos incluídos em processos anteriores pedentes contra a montadora, como sistema de controle de estabilidade do veículo, reforço na portas e um dispositivo para cortar o combústivel. Para o pai de Paul Walker, isso poderia ter impedido que o carro explodisse após a colisão.
Viúva do motorista processa
Ao morrer, o ator estava em um intervalo das filmagens do sétimo filme da franquia "Velozes e Furiosos". Ele era passageiro do Porsche Carrera GT conduzido por Roger Rodas, seu sócio e amigo. Após o motorista perder o controle da direção, o carro atingiu três árvores em uma rua de Santa Clarita, na Califórnia, Estados Unidos, e pegou fogo.
A viúva de Rodas, Kristine, que tem uma reivindicação pendente contra a Porsche em um tribunal federal dos Estados Unidos, também entrou nesta quarta-feira com uma ação por negligência em um tribunal estadual.
Filha de Walker também entrou com ação
Em setembro, a filha de Paul Walker, Meadow Walker, de 16 anos, já havia aberto um processo contra a Porsche. Mas a ação foi posteriormente arquivada.
Segundo os documentos obtidos na época pelo site TMZ, os advogados de Meadow afirmavam que o cinto de segurança usado pelo ator foi responsável por quebrar suas costelas e sua pelvis, deixando-o preso no banco do passageiro.
O processo dizia ainda que o incêndio no automóvel começou apenas um minuto e 20 segundos após o impacto, quando Walker ainda estaria vivo. "Paul Walker aspirou fuligem para sua traqueia enquanto o Porsche Carreta GT queimava", alegavam os documentos.
Porsche já se defendeu
Em 12 de novembro, a Porsche declarou em uma ação judicial que o Carrera GT havia sido modificado após a compra e conservado de maneira inadequada. Estes fatores teriam contribuído para a morte de Paul Walker e de Roger Rodas.
Em resposta ao processo movido por Meadow, a empresa se referiu ao ator como "um proprietário experiente e sofisticado do Carrera GT 2005".
O advogado da filha de Paul Walker, Jeff Milam, criticou o arquivamento do processo, reforçando suas alegações de que o carro não era seguro. "Se a Porsche tivesse fabricado o carro com equipamentos de segurança, Paul teria sobrevivido e estaria filmando 'Velozes e Furiosos 8', e Meadow Walker teria o pai que adorava", escreveu Milam em comunicado.
Ainda não foi definido nenhum julgamento para qualquer um destes casos.
'Velocidade elevada'
A ação movida pelo pai de Paul Walker nesta quarta-feira repete a reivindicação de Meadow de que a velocidade do Porsche no momento do acidente estava entre 101 Km/h e 110 Km/h.
Mas investigadores concluíram que a velocidade era mais elevada, de até 151 Km/h.
A investigação conduzida pelo Departamento de Polícia do Condado de Los Angeles e pela Polícia Rodoviária da Califórnia concluiu que foi a velocidade arriscada a responsável pelo acidente, e não problemas mecânicos. Essa investigação teve auxíliio de engenheiros da Porsche, que avaliaram destroços do veículo.