Willian perdeu a posição de titular, no Cruzeiro, com Luxemburgo (Foto: Paulo Fonseca/EFE)Há um ano, a torcida do Cruzeiro comemorava a renovação de um dos principais jogadores do elenco. A diretoria celeste exerceu o direito de compra de Willian, que pertencia ao Metalist, da Ucrânia, por 3,5 milhões de euros (mais de R$ 10 milhões na época). O valor foi parcelado em sete pagamentos de 500 mil euros, já quitados. Em 2013, Bigode chegou ao time celeste com um ano de contrato, por empréstimo, na troca envolvendo Diego Souza, com o clube ucraniano, e tornou-se um dos principais nomes do bicampeonato brasileiro do Cruzeiro.
Os números, desta temporada, caíram em relação aos dois últimos anos. Em 2014, Willian balançou nove vezes a rede. Na atual temporada, foram apenas dois gols em quase oito meses completos: contra a Caldense, pelo Campeonato Mineiro, e contra Universitario Sucre, da Bolívia, na primeira fase da Libertadores. Portanto, o último gol ocorreu em abril. Em 2015, Willian jogou 31 jogos, 29 como titular e dois entrando no decorrer da partida.
Apesar de Willian, claro, não ser o único responsável pelas vitórias ou derrotas do Cruzeiro, um dado é bem curioso. Com o jogador em campo, na atual temporada, o Cruzeiro tem um aproveitamento de 43%: 11 vitórias, sete empates e 13 derrotas. Já sem ele foram 12 jogos, e um desempenho superior: 75% - oito vitórias, três empates e uma derrota.
Em pouco mais de uma temporada, a situação mudou. Willian foi bicampeão brasileiro e começou 2015 valorizado. Apesar de o jogador já ter convivido com críticas na temporada passada. No entanto, o desmanche do time montado por Marcelo Oliveira colocou a Raposa em uma rotina de instabilidade na temporada. Nos últimos anos, o atacante era um dos principais xodós da torcida, mesmo não sendo titular em alguns momentos. Nas arquibancadas do Mineirão, torcedores se divertiam com bigodes postiços para homenagear o jogador.
A moda mudou, e os bigodes foram para as gavetas neste ano. Willian até começou como titular a temporada, mas foi perdendo a espaço, até virar reserva nos últimos jogos com Vanderlei Luxemburgo.
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Novela na negociação
A negociação para a compra definitiva do atacante se tornou uma novela. O Cruzeiro discordava de alguns pedidos dos ucranianos, nas transações. Um deles era de que o depósito do dinheiro deveria ser feito em uma conta em um "paraíso fiscal", o que o time mineiro não concordava, já que poderia ter problemas posteriores com a Receita Federal.
Willian foi uma das principais figuras no bicampeonato brasileiro do Cruzeiro (Foto: Douglas Magno)A forma de pagamento, pedida pelo Metalist, seria reflexo das condições políticas da Ucrânia, na época. O contrato de empréstimo do jogador havia terminado no dia 14 de julho de 2014, mas com autorização do Metalist, Willian continuou treinando na Toca até que a compra se concretizasse.
Na partida deste domingo, contra o Internacional, no Mineirão, o jogador deverá continuar no banco de reservas. Afinal, Luxemburgo vem escalando o setor ofensivo com Alisson, Marinho e Vinícius Araújo.