16/08/2015 10h56 - Atualizado em 16/08/2015 20h32

Ato na orla de Jatiúca, em Maceió, pede fim da corrupção no país

Manifestantes pedem saída de Dilma e punição a envolvidos na Lava Jato.
Caminhada começou por volta das 11 horas e durou duas horas e meia.

Roberta Cólen e Cau RodriguesDo G1 AL

Manifestantes seguem em caminhada pela Jatiúca (Foto: Roberta Cólen/G1)Manifestantes seguem em caminhada pela Jatiúca (Foto: Roberta Cólen/G1)

Milhares de pessoas usando roupas nas cores verde e amarela marcharam na manhã deste domingo (16) pela Avenida Álvaro Otacílio, na orla de Jatiúca, para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Os manifestantes dizem que querem o fim da corrupção e pedem a prisão de todos os envolvidos nos crimes investigados pela operação Lava Jato.

 

O ato durou cerca de duas horas e meia e reuniu, segundo a Polícia Militar, 12 mil pessoas. A organização afirma que foram 15 mil manifestantes presentes à manifestação.

A concentração aconteceu no Corredor Vera Arruda por volta das 9 horas, onde os manifestantes cantavam o hino nacional. Eles saíram em caminhada até o bairro da a Ponta Verde, próximo ao Alagoinha, onde realizaram um apitaço.

Médico levou um totem de papelão com a imagem do juiz Sérgio Moro, que comanda o julgamento dos crimes investigados na Operação Lava Jato (Foto: Roberta Cólen/G1)Médico levou um totem de papelão com a imagem
do juiz Sérgio Moro, que comanda o julgamento
dos crimes investigados na Lava Jato
(Foto: Roberta Cólen/G1)

O médico mineiro Diego Eugênio levou para o protesto um totem de papelão com a imagem do juiz Sérgio Moro, que comanda o julgamento dos crimes investigados na operação Lava Jato.

Ele estima que este seja o sexto protesto que participa, o terceiro em Maceió. Os outros três foram em Belo Horizonte.

"Protesto por causa da corrupção, impunidade. O povo não tem assistência, uma saúde adequada. Enquanto isso, o governo fica transferindo nosso dinheiro para aplicar em outros países como Cuba e Venezuela", questiona o médico.

Para tirar o país da crise, Eugênio sugere como uma das medidas a realização de uma nova eleição. "O primeiro passo para o país sair da crise é tirar essa quadrilha (atuais governantes) do poder. Nunca se roubou tanto na história. Em segundo lugar, fazer uma nova eleição".

Com apoio de dois trios elétricos, os manifestantes seguiram pela orla cantando o hino nacional e gritando palavras de ordem como "Fora, Dilma". Um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública (SSP) acompanha o protesto, que, segundo a polícia, segue pacífico.

Advogada defende intervenção militar para acabar com a corrupção (Foto: Roberta Cólen/G1)Advogada defende intervenção militar para acabar
com a corrupção (Foto: Roberta Cólen/G1)

A advogada Renata Fagundes conta que é a primeira vez que participa de uma manifestação contra o governo. "Estou aqui pelo fim da corrupção no governo. A solução para acabar com a roubalheira é o fim do PT e novas eleições, prefiro até a intervenção militar", avalia.

Diversas pessoas levaram faixas e cartazes com frases contra o governo. Servidores do judiciário federal cobraram do Senado a derrubada do veto da presidente Dilma ao projeto de lei que trata do plano de cargos e salários dos servidores do poder judiciário.

De acordo com o tenente-coronel Marcos Sampaio, comandante do Policiamento da Capital, 80 policiais fizeram a segurança no trecho da orla que recebeu o protesto nesta manhã. Foram 21 viaturas e nove motos, além de 10 conjuntos do Regimento de Policiamento Montado e da aeronave do Grupamento Aéreo da SSP.

Manifestantes pedem derrubada de veto que trata do plano de cargos e salários dos servidores do Poder Judiciário (Foto: Roberta Cólen/G1)Manifestantes pedem derrubada de veto que trata do plano de cargos e salários dos servidores do Poder Judiciário (Foto: Roberta Cólen/G1)

 

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