• André Jorge de Oliveira
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Testamos a terceira geração do Moto G para saber se ele continua se destacando entre os smartphones intermediários (Foto: Divulgação)

Há algumas semanas, um pacote colorido chegou na redação da GALILEU, desses que costumam chamar a atenção do pessoal que trabalha por aqui: acabávamos de receber a terceira geração do Moto G para avaliar. Depois de passar uma semana testando o excelente Zenfone 2, da ASUS, recebi a nova missão de escrever sobre o lançamento da Motorola. No começo foi difícil de me acostumar, porque os segmentos dos dois celulares são bastante diferentes.

O da ASUS é top de linha e veio para bater de frente com os líderes de mercado (iPhone 6 e Galaxy S6), oferecendo especificações ainda mais avançadas por um preço bem mais em conta; já o novo Moto G, mais acessível, quer se firmar como “o smartphone para o que der e vier”. Algo como um companheiro de aventuras. Mas, afinal, o que isso significa na prática? Foi o que tentei entender durante o período em que testei o aparelho.

OS PRÓS A tal versatilidade promovida nos anúncios da marca é visível logo de cara no próprio design do Moto G: a tampa traseira feita de plástico texturizado não só é removível, como também é personalizável. O usuário pode trocar a cor quando bem entender.

Ao contrário de certos celulares “lacrados”, neste é possível mexer na bateria de 2470 mAh que dura, tranquilamente, o dia todo. Dá também para ter duas linhas diferentes graças aos slots dual-chip, além da possibilidade de expandir o armazenamento interno de 8 ou 16 GB para até 32 GB com cartões microSD. São características que, com certeza, entregam uma experiência mais libertária ao usuário, permitindo que a pessoa adapte o próprio smartphone a suas necessidades e interaja com ele de um jeito bem mais pessoal. Isso é bom.

O Moto G também é resistente à água. Só não pense que isso significa que você vai poder pular na piscina com ele no bolso, mas é provável que sobreviva a alguns respingos ou mesmo a um “mergulho” rápido em uma poça, por exemplo. Já que estávamos falando em liberdade, outro ponto forte dessa terceira geração é o Android: o Lollipop dele é puro, ou seja, com poucas alterações na interface. O sistema fica bem mais ágil e eficiente.

capa traseira está disponível em diversas cores (Foto: Divulgação)

capa traseira está disponível em diversas cores (Foto: Divulgação)

As duas opções de memória RAM (1 ou 2 GB) e o processador quad-core de 1,4 GHz dão conta de rodar bem o Android e iniciar rapidamente os aplicativos, mas não espere que este seja um smartphone perfeito para games. A tela de cinco polegadas é confortável, porém um pouco pequena para jogos mais complexos. Os gráficos ficam por conta de uma GPU Adreno 306 de 400 MHz - ela aguenta bem o tranco com games não tão pesados, mas os que exigem um pouco mais podem acabar travando. Principalmente na versão com 1 GB de RAM.

O assistente digital da Motorola, o Assist, oferece opções interessantes de automação, tipo silenciar o telefone enquanto você está dormindo ou então ler mensagens de texto no viva voz enquanto você dirige. Um dos recursos mais legais é o Ações: basta girar o pulso duas vezes para acionar a câmera, e para acender a lanterna é só agitar o aparelho duas vezes, como num aperto de mão firme. Além de ser absurdamente útil, o  “truque” da lanterna parece mágica e, com certeza, faria uma criança se divertir muito.

OS CONTRAS Até agora, o Moto G parece uma excelente opção entre os smartphones intermediários, não é mesmo? Com R$ 899 já é possível comprar a versão mais básica. Só que há alguns poréns. Com pouco mais de uma semana de uso, o celular que testei apresentou problemas graves, que não deveriam ocorrer em um modelo que se diz “para o que der e vier”.

A tela trincou com uma queda relativamente leve, mesmo eu tendo usado meu pé para amortecer o impacto. Uma simples busca no Reclame Aqui revela que o problema é recorrente e não é de agora. Se for comprar o Moto G, é bom tomar todo o cuidado possível para não deixá-lo cair, e investir em capinhas protetoras pode ser uma boa ideia.

Outro defeito inexplicável comprometeu temporariamente a câmera e a lanterna do aparelho - durante várias horas, a câmera de 13 MP até abria, mas não funcionava. Ficava toda preta. Já a lanterna/flash simplesmente parou de acender. Sem mais nem menos, o sistema reiniciou e ambas voltaram a funcionar. Muito estranho, Motorola. Só espero que tenha sido um bug isolado, porque de um modo geral, o Moto G parece ser um bom smartphone, que na medida do possível, entrega o que promete.

>>> Confira as especificações completas do Moto G.