2016 é tricolor! Dez motivos para o são-paulino se animar neste Ano Novo

O ano de 2015 se apresentava dourado para o São Paulo. A expectativa de um título após a manutenção de boa parte do elenco vice-campeão brasileiro de 2014 era grande, mas a prática foi diferente. Atrapalhado pela turbulência política, o time patinou em campo. Ainda assim conseguiu a tão almejada vaga na Libertadores. Ou seja, a equipe superou uma das maiores crises da história sem danos permanentes. Paralelamente a isso, o Tricolor sub-20 ganhou três títulos e tem perspectiva de revelar bons jogadores, motivos para vislumbrar mais tranquilidade em 2016, quando a paz deve retornar ao Morumbi.

Por essas e outras razões, o GloboEsporte.com mostra abaixo dez motivos para o torcedor são-paulino acreditar em uma reviravolta na próxima temporada:

Pode sorrir: Rogério fez o gol da classificação para a Libertadores de 2016 (Foto: Carlos Costa/Futura Press)

A classificação para a Libertadores é o principal motivo para o são-paulino sorrir em 2016. Brasileiro com mais participações, o time disputará a competição pela 18ª vez. Maior campeão do país, com três taças, o Tricolor encara o Universidad César Vallejo, do Peru, nos dias 3 e 10 de fevereiro pela primeira fase. Se passar, o São Paulo entrará no Grupo 1, ao lado de River Plate (ARG), The Strongest (BOL) e Trujillanos (VEN). Até o primeiro duelo, o técnico Edgardo Bauza terá praticamente um mês para preparar a equipe, com reapresentação prevista para o dia 6 de janeiro, no CT da Barra Funda.

A conturbada renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar deixou marcas, mas o ponto mais alto da turbulência foi superado. Ainda há pressão na diretoria, principalmente em cima do vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro. Mas é inegável que o clima político está mais tranquilo. As suspeitas de irregularidades em contratos de patrocínio e de fornecedores ainda é investigada, mas o novo presidente, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, tem pregado transparência. Até mesmo a gravação constantemente questionada da conversa entre Ataíde e Aidar foi revelada por decisão do vice, atitude que desagradou ao Conselho de Ética do clube.

Edgardo Bauza será o técnico do São Paulo em 2016 (Foto: Marcos Ribolli)

Eleito um dos três melhores técnicos da América do Sul em 2015 e com dois títulos de Libertadores no currículo, Bauza é a aposta da diretoria para remontar o São Paulo e principalmente reaver o espírito de luta perdido na equipe em alguns jogos da última temporada. A filosofia de trabalho do argentino tem por princípio organizar a equipe a partir de uma defesa sólida. Portanto, é possível esperar um Tricolor mais aguerrido e compacto, características importantes na Libertadores.

Falta pouco para o uruguaio Diego Lugano acertar sua volta ao São Paulo. O ídolo da torcida tem uma cláusula no contrato que o libera do Cerro Porteño em caso de uma proposta de contrato melhor, segundo o empresário Juan Figer. Mais do que o benefício técnico, o retorno representaria o resgate do espírito de Libertadores tão cobrado pelo torcedor são-paulino e ausente em 2015. O defensor também seria o novo líder do elenco, posto vago com a aposentadoria de Rogério Ceni e que também pode ser preenchido por outros jogadores, na visão da diretoria.

Rogério Ceni se aposentou e será substituído em 2016 por Denis ou Renan Ribeiro (Foto: Marcos Ribolli)

A aposentadoria de Rogério Ceni inicia uma nova era no São Paulo. O fim de carreira do ídolo após 25 anos no clube abre espaço para Denis e Renan Ribeiro, principais postulantes a vaga. Léo, de contrato renovado, será o terceiro reserva. O presidente Leco prometeu que não vai contratar um novo goleiro em 2016. Assim, a corrida pelo gol será iniciada desde os treinamentos até a estreia no Paulistão, no dia 31 de janeiro, contra o RB Brasil.

A saída de Luis Fabiano transformou Alan Kardec no principal centroavante do São Paulo. Com o Fabuloso, ele jogava mais pela direita, numa função tática de ajudar na armação e também na marcação. Agora, a responsabilidade pelos gols vai cair principalmente nos seus ombros. Outro nome de peso no ataque Tricolor, Alexandre Pato também saiu. Além de ser o "homem gol" em 2016, Kardec é um dos atletas com perfil para liderar o elenco, na visão da diretoria.

Preso na Alemanha por três anos, condenado por ter incendiado a própria casa atrás do reembolso do seguro, Breno teve algumas boas participações no time em 2015, mas seguidas lesões o atrapalharam. De qualquer forma, o zagueiro foi um dos destaques pela volta ao futebol, agora como volante, e até fez um gol nas seis participações da temporada. O atleta ficou fora da reta final de 2015, por conta de uma artroscopia no joelho direito, e tem treinado até nas férias para começar bem a nova temporada.

Joanderson é a principal aposta da base do São Paulo para 2016 (Foto: Marcelo Hazan)

A base é um dos bons motivos para o São Paulo acreditar em um 2016 melhor. Campeão da Copa do Brasil, da Copa Ouro e da Copa RS, o time sub-20 é a sensação do momento. O técnico André Jardine enumerou jogadores que estão prontos para subir e corresponder no profissional: Joanderson (atacante), Banguelê (volante), Inácio (lateral-esquerdo), Matheus Queiroz (volante) e Foguete (lateral-direito). Além deles, o meia-atacante David Neres é outro garoto com potencial, na avaliação do treinador. Todos eles serão vistos na Copa São Paulo de Futebol Júnior. O Tricolor está no Grupo 17, ao lado de Paulista (adversário na estreia, domingo, às 14h, na Arena Barueri), Tiradentes-CE e Audax.

Sem Luis Fabiano, Rogério Ceni e Alexandre Pato, as atenções recaem sobre Paulo Henrique Ganso dentro de campo. Nome de maior peso do atual elenco, o camisa 10 poderá ser o líder técnico da equipe. No ano passado, o meia deu 14 assistências e igualou sua melhor temporada da carreira no quesito, em 2012, quando deu 12 passes decisivos pelo Santos e dois pelo próprio Tricolor. Seu contrato vale até setembro de 2017.

Sem um parceiro para expor a marca no principal espaço do uniforme desde 2014, o São Paulo voltará a ter patrocínios em 2016. O clube acertou acordos com a FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista), que estampará a barra inferior da frente da camisa, e a Joli (empresa de material de construção), que vai expor na barra traseira. A receita ajudará a amenizar a crise financeira do clube, cuja meta é fechar o ano com déficit de R$ 11 milhões. A expectativa é de que um patrocínio master também seja fechado em janeiro.