Edição do dia 22/05/2015

22/05/2015 12h56 - Atualizado em 22/03/2017 11h35

Praias do litoral do Ceará reúnem esportes, diversão e lazer

Bruno Sakaue encarou o desafio e saiu de João Pessoa para Ceará.
Conheças praias do litoral do cearense e assista os bastidores da viagem.

Bruno SakaueFortaleza, CE

 O destino do Tô de Folgadesta sexta-feira (22) são as praias do litoral do Ceará, e o repórter Bruno Sakaue, de João Pessoa, na Paraíba, foi quem encarou a viagem. Para ele o sol foi um grande desafio.

"Não é para fazer inveja, mas imagine trabalhar curtindo paisagens. "Chato", né? Tô falando de mim não.

O produtor Pierre Beranek veio do Canadá com a missão de produzir um documentário sobre nosso litoral. Ia dar uma passadinha em Canoa Quebrada.

"Na verdade eu vim com a intenção de ficar dois, três dias. Já faz uma semana que eu tô aqui. Amanhã eu realmente tenho que ir embora, mas eu não queria. Eu queria ficar aqui para sempre, de vez", conta Pierre.

O paraíso dos sonhos do canadense fica em Aracati, litoral leste do Ceará, a 170 quilômetros de Fortaleza. Antes de viajar, pesquisei vários roteiros pela internet e escolhi um passeio de buggy nas praias da região para começar.

O preço é meio salgado e tabelado, ou seja, não adianta muito chorar desconto. Mas dá para levar até quatro pessoas. Outra vantagem é que os motoristas fazem papel de guia e são bastante atenciosos. Andamos entre o mar e falésias avermelhadas, cenário de filmes e novelas.

O buggy é rápido e o vento no rosto me fez esquecer do sol. “Sol do Ceará"! Vai por mim: kit básico: protetor e máquina fotográfica. Toda hora alguém da nossa equipe estava fazendo pose.

Na Garganta do Diabo, a água doce brota da falésia. Em outros pontos, ela surge do chão. A barreira serviu de matéria-prima para gigantescas esculturas.

Outra atração que faz parte do cenário típico de Canoa é a jangada. Decidi experimentar o sacolejo. São só 30 minutinhos, não chega a embrulhar o estômago, mas dá para imaginar a barra dos pescadores.

Agora, se você está em busca de um passeio com "um pouquinho" mais de adrenalina, a dica é voar de parapente. Eu posso garantir, sem medo de errar, que Canoa Quebrada de cima é bem mais emocionante.

Os sobrevoos são em dupla ou em trio. O visual é inacreditável. "É lindo demais, não tem nada melhor. É uma sensação de liberdade, você se sente um pássaro mesmo voando, super radical", fala a turista Lucas José.

São tantas praias, tantas opções de passeio e locais para visitar que fica difícil encontrar um lugar com grande concentração de pessoas durante o dia. Mas quando chega a noite, Canoa Quebrada tem um point: todo mundo se encontra aqui, na Broadway.

A rua é pequenininha, mas tem muita coisa legal. bares, restaurantes típicos de vários países, gente bonita.

Detalhe: o mesmo artesanato costuma ser mais caro à noite. Então dê uma pesquisada.

Dormimos em uma das muitas pousadas simpáticas de canoa. A estrutura é boa, o atendimento também e o preço justo.

Saímos bem cedo para o passeio das dunas e a essa altura, já amargava as consequências de esquecer o protetor solar.  Pela frente, uma imensidão de areia que chega a confundir os olhos.

Quando o bugueiro perguntar se você quer a tal 'emoção', pense antes de decidir. Se a câmera não fosse pesada tinha saído voando. Então não teve como registrar o que aconteceu. No passeio também dá para experimentar a tirolesa na duna, e o famoso esquibunda.

Para me despedir de Canoa, escolhi a maior descida: 300 metros. Na volta para Fortaleza, um pit-stop na praia de Morro Branco.

No labirinto das falésias, a sensação é de estar em outro mundo. Um emaranhado de corredores esculpidos pelo tempo e 12 tons de areia que dão vida a um artesanato que é símbolo do Ceará: as garrafinhas coloridas. Com tempo, dá até para escrever o nome do turista.

O artesão Alessandro de Lima aprendeu a arte com o tio, ainda criança e desde muito cedo passou a ganhar o próprio dinheiro, mas pra ele, nunca foi só isso.

"É uma alegria, satisfação de a gente saber que o nosso Ceará está sendo reconhecido por algo que a gente está fazendo, que a gente faz. Não é só o dinheiro que a gente ganha, saber que o nome do nosso estado está sendo levado a outros países. Outras pessoas estão conhecendo através da nossa arte, do nosso trabalho"."

 Gostou do passeio? O repórter Bruno Sakaue mostra os bastidores da viagem no vídeo ao lado.Assista!