08/02/2016 13h55 - Atualizado em 08/02/2016 13h56

Dono de bar na Vila Madalena critica repercussão após suposto assédio

'Pode ter tido erro' diz sobre suposta expulsão de vítima de assédio sexual.
Página do bar em rede social tinha 25 mil avaliações negativas.

Vivian ReisDo G1 São Paulo

Grupo se mobiliza em rede social e pede fechamento de bar de Pinheiros acusado de assédio (Foto: Reprodução/Facebook)Grupo se mobiliza em rede social e pede fechamento de bar de Pinheiros acusado de assédio (Foto: Reprodução/Facebook)

O empresário Flavio Pires, sócio do Quitandinha e de pelo menos cinco bares da Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo, afirmou nesta segunda-feira (8) que mesmo se confirmarem  denúncia de negligência feita por uma cliente nas redes sociais após suposto assédio sexual não justificaria a repercussão que o caso teve. Uma mulher convocou seus amigos a se manifestar contra o bar no Facebook usando a hashtag #vamosfazerumescândalo.

“Fiquei assustado quando soube. O bar é muito tradicional, tem quase 30 anos e nunca tivemos esse tipo de problema. Somos passíveis de cometer erros, mas jamais negligenciaríamos a defesa de um cliente. Pode ter tido erro, mas não do tamanho da repercussão”, acredita.

Uma mulher relatou em seu post que ela e uma amiga foram abordadas por dois homens no bar na última quinta-feira (4). Após serem ignorados, eles as teriam xingado e agredido. Ela afirma ter recorrido ao garçom e ao gerente, e conta que, ao invés de ajudá-las, os funcionários do bar explicaram que tratavam-se de clientes de longa data e solicitaram que o segurança as expulsasse do local. O post teve mais de 100.000 likes e mais de 35.000 compartilhamentos.

Em nota publicada na rede social, um funcionário do bar negou o relato. Uma nova postagem dizia que “havia um engano na interpretação do texto anterior”. Uma terceira mensagem seguia com pedido de desculpas e uma quarta nota garantia a apuração intensa dos fatos.

Flavio explicou que não teve a oportunidade de conversar com os funcionários que estavam no local devido ao feriado. O estabelecimento fica fechado por três finais de semana por conta dos blocos de rua.

“O melhor a fazer é apurar com a equipe, garçons e gerente, além de examinar as câmeras de segurança para entender o que houve. Aí então tomaremos uma providência, consultando um advogado que possa nos orientar”, contou Flavio.

O empresário confirmou que os dois acusados de assédio são frequentadores assíduos do bar e disse ter recebido duas ligações de antigos clientes que estavam no local no momento da suposta confusão.

“Os antigos clientes estavam assustados no telefone. Pode ter certeza que negligentes nunca fomos nesses 30 anos. Não somos qualquer bar. Precisamos apurar direitinho porque só repercutiram o lado da menina”, disse.

Flavio Pires explicou que em casos de assédio, preconceito ou agressão, uma equipe de segurança está à disposição no bar, os gerentes são orientados a prestar auxílio e há ainda o policiamento que faz ronda na região.

A página do bar no Facebook contava com mais de 25 mil avaliações negativas e mais de 400 positivas. Também foi criado um perfil na rede social que divulgou um evento exigindo o fechamento do bar. Mais de 6.000 pessoas haviam confirmado presença em um dia.

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