03/10/2015 08h27 - Atualizado em 03/10/2015 08h27

Renato Cunha mostra como funciona o projeto Ecoelétrico de Curitiba

Ao todo, são dez veículos movidos a energia elétrica, rodando pela cidade a serviço da Guarda Municipal e da Secretária Municipal de Trânsito

Renato Cunha pega carona em um dos veículos do projeto Ecoelétrico (Foto: Globo)Renato Cunha pega carona em um dos veículos do projeto Ecoelétrico (Foto: Globo)

Nas grandes cidades, o aumento da frota de veículos vem piorando a qualidade do ar. O problema é que carros, motos e caminhões usam motores à combustão, que emitem gases tóxicos, como monóxido de carbono e o dióxido de enxofre. Eles causam sérias doenças respiratórias e agravam o efeito estufa, aumentando o aquecimento global.

Para conferir soluções que vem sendo testadas para o problema, Renato Cunha foi até Curitiba conhecer o projeto Ecoelétrico (veja vídeo ao lado). Lá, o transporte coletivo é utilizado por 45% da população, mas, o número de carros nas ruas cresceu junto com a cidade. Há dois anos, porém, um novo conceito circula pelas ruas: o carro elétrico. Ao todo, são dez veículos que estão sendo usados pela Secretaria de Trânsito e pela Guarda Municipal.

Os carros são carregados em postos de abastecimento elétrico, os eletropostos. Os veículos e os locais de abastecimentos são monitorados pelo Centro de Operações de Mobilidade da cidade. O sistema funciona em tempo real e transmite os dados online. A estimativa é que cada quilômetro rodado com um veículo elétrico poupa 125 gramas de dióxido de carbono. Em um ano de operação, a frota de 10 veículos percorreu 55 mil quilômetros e deixou de emitir sete toneladas de gás carbônico na atmosfera, o que corresponde à captação de carbono de 50 árvores adultas.

Um dos objetivos do projeto é desmistificar a ideia de que o veículo elétrico não atende às mesmas demandas de um carro que opera com motor à combustão. Nos últimos anos, Curitiba foi uma das cidades brasileiras que mais reduziu a poluição do ar.

— O deslocamento, a mobilidade é algo necessário. Você tem que sair da sua casa para ir para o trabalho. Você depende de um meio de deslocamento. Se você puder trazer modais que reduzem a poluição, reduzem a ocupação da cidade, tem que difundir de alguma maneira. A Prefeitura tem que assumir isso — explica Ivo Reck Neto, coordenador do projeto Ecoelétrico.

Tem dúvidas sobre a reportagem? Quer mandar sugestões ou elogios? Entre em contato através do https://falecomaredeglobo.globo.com/

  • imprimir