29/11/2011 17h19 - Atualizado em 29/11/2011 17h19

Duas testemunhas são ouvidas no 2º dia de julgamento do caso René Sena

Ex-amante de viúva e ex-administrador de fazenda prestaram depoimento.
Ganhador da Mega-Sena foi morto em 2007; mulher é acusada pelo crime.

Do G1 RJ, com informações da InterTV

Viúva de René Sena é acusada de matar o marido (Foto: Reprodução / TV Globo)Viúva de René Sena é acusada de matar o marido
(Foto: Reprodução / TV Globo)

Duas testemunhas já foram ouvidas, na tarde desta terça-feira (29), no segundo dia de julgamento de quatro acusados de participar da morte de René Sena, o ganhador da Mega-Sena, morto em 2007.

Entre os réus está viúva do milionário, a cabelereira Adriana Almeida, que é suspeita de mandar matar o marido. O julgamento acontece desde segunda-feira (28), no Fórum de Rio Bonito, na região das Baixadas Litorâneas, no Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira, já prestaram depoimento à Justiça o ex-administrador da fazenda onde morava René Senna e o ex-amante de Adriana. No total, 52 testemunhas serão ouvidas, sendo 33 de defesa e 19 de acusação. O júri é presidido pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, da 2ª Vara de Rio Bonito. A decisão caberá a um júri popular, formado por cinco homens e duas mulheres.

O ex-administrador da fazenda disse que trabalhou apenas um mês para René Sena. Ele contou que acompanhou a chegada dos funcionários, que teriam sido contratados por Adriana para fazer a segurança do milionário. O homem disse ainda que a vítima era manipulada pela mulher.

Em seguida, prestou depoimento o motorista de van, que na época do crime era amante de Adriana Almeida. Ele contou que a cabelereira comprou um apartamento em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, enquanto René era vivo. Segundo o motorista, Adriana prometia que o levaria para morar com ela no imóvel. O homem também relatou à Justiça que ouvia comentários sobre constantes brigas entre Adriana e René Sena.

Atraso
O primeiro dia de julgamento começou com seis horas de atraso. A viúva do milionário chegou ao fórum pouco antes do início da sessão. Durante o julgamento, ela chegou a chorar e os réus foram advertidos pela juíza porque conversavam entre si. No primeiro dia foram ouvidas seis testemunhas, entre elas Renata Sena, filha da vítima. A previsão é de que a Justiça leve em torno de três dias para ouvir as testemunhas e anunciar a sentença.

Os ex-seguranças da vítima - o ex-policial militar Anderson Silva de Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira - já foram condenados a 18 anos de reclusão, cada um, pelo assassinato de René Senna e pelo crime de furto qualificado. O julgamento dos dois foi em julho de 2009, segundo o TJ.

Prêmio de R$ 52 milhões em 2005
Ex-lavrador, René Senna, ficou milionário em 2005, ao ganhar R$ 52 milhões no prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença, e levava uma vida simples em Rio Bonito. Com o dinheiro, comprou casa para os irmãos, um quadriciclo para circular e uma fazenda na cidade, onde mantinha centenas de cabeças de gado. Com medo de sequestro, ele havia contratado seguranças. Apesar de ter enriquecido, René mantinha hábitos simples, como o de beber com amigos num bar próximo de sua fazenda.

Em 2006, começou a namorar a cabeleireira 25 anos mais nova que ele. Ela abandonou o emprego e foi morar com ele na fazenda, junto com dois filhos do primeiro casamento. Segundo parentes do milionário, ela passou a usar roupas caras e a circular num Mercedes-Benz, acompanhada de seguranças.

René Senna foi morto a tiros na manhã de 7 de janeiro de 2007, no Bar do Penco, perto de sua propriedade, por dois homens encapuzados, que estavam numa moto. Ele estava sem os seguranças. No dia do enterro, começaram as primeiras supeitas da família do ex-lavrador contra a viúva, que tinha passado o réveillon com um amante em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio.

 


 

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