(Foto: Leonardo Soares/Estadão Conteúdo)
Cauby Peixoto viu e aprovou o documentário "Cauby - Começaria tudo outra vez", do diretor Nelson Hoineff ("Caro Francis", "Alô, Alô Terezinha!"). Ele estreia nesta quinta-feira.
"É um reconhecimento da minha trajetória profissional. Os jovens poderão saber um pouquinho mais deste modesto cantor e os mais maduros irão revivê-la", afirma Cauby ao G1, que voltou a fazer shows em São Paulo três meses após ficar internado.
O cantor de 84 anos teve que ser hospitalizado em fevereiro deste ano para fazer exames, segundo Nancy Lara, sua empresária.
O documentário "Cauby - Começaria tudo outra vez", finalizado em 2013, tem trechos de shows de Cauby ao longo de seus 60 anos de carreira, além de entrevistas com ele e com amigos e pesquisadores de sua vida, como o biógrafo Rodrigo Faour.
No entanto, o que chama atenção são os depoimentos dos fãs, especificamente do garoto Tadeu, de 15 anos, que mora em Olaria, no Rio. O sonho dele é encontrar-se com o cantor de "Conceição" e "Bastidores".
"Ao contrário do que a maioria pensa, os jovens também sabem e gostam quando a música é boa e bem cantada. Tenho centenas de fãs jovens, até crianças! A música romântica geralmente agrada a maioria", diz Cauby.
Sobre ser um dos primeiros roqueiros brasileiros, ao gravar em 1957 a música "Rock 'n' Roll em Copacabana", Cauby assume: "Sou o pioneiro sim". "Realmente fui o primeiro a cantar rock no Brasil. Hoje ouço pouco rock, meu estilo preferido é o romântico. Mas gosto de Rita Lee e Lulu Santos", elege.
Cauby diz que, em sua trajetória, nunca teve de vender uma imagem que não correspondesse à sua vontade e agradece ao empresário Edson Di Veras, que morreu em 2005, por lhe ensinar muitas coisas. "Ele orientava como eu deveria me apresentar esteticamente melhor e eu fui um bom aluno!". O cantor afirma que não tem arrependimento nem sofrimento na carreira. "Eu não mudaria nada. Começaria tudo outra vez."