Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (22) o sequestro de 2,4 milhões de francos suíços (R$ 9,6 milhões) que estão em contas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, na Suíça. O objetivo, informou o G1, é garantir que o dinheiro volte aos cofres públicos caso se comprove que ele é consequência de corrupção. A quantia ficará em conta judicial no Brasil e poderá ser usado pela Procuradoria-Geral da União.
As duas contas de Cunha na Suíça que ainda estão abertas – havia quatro, mas o peemedebista fechou duas logo após o início da Operação Lava Jato – já tinham sido bloqueadas por autoridades suíças. O bloqueio, no entanto, apenas impede que sejam feitos saques ou transferências para outras contas. A PGR pediu ao STF, então, um novo bloqueio para assegurar que o dinheiro continue congelado caso a Suíça suspenda o bloqueio dela. Este pedido também foi aceito por Zavascki nesta quinta, junto com o sequestro.
"Eu não vi, eu cheguei aqui, eu não sei do que se trata. Todas as quintas-feiras, nas últimas 15 semanas, divulgam-se decisões ou se divulgam dados referentes a mim, os quais eu não conheço. Na realidade, tudo que está sendo falado, já pedi a meus advogados que pedissem acesso e não tiveram até agora. Então, vamos aguardar", disse Cunha ao ser questionado sobre o sequestro e o bloqueio autorizados pelo STF.
RCN