Atual campeã mundial, a seleção brasileira feminina de handebol mostrou que segue forte e conquistou de maneira invicta o Pan-Americano da modalidade, disputado em Havana. Na decisão desta quinta-feira, o time do técnico Morten Soubak derrotou as donas da casa por 26 a 22 (13 a 11 no primeiro tempo) para ficar com o título, coroando a campanha perfeita de sete jogos e sete vitórias. A medalha de bronze ficou com a Argentina, que derrotou Porto Rico por 33 a 16 na disputa pelo terceiro lugar.
Após começar atrás das cubanas, o Brasil conseguiu virar o placar ainda antes da metade do primeiro tempo e começou a abrir vantagem, chegando a ter quatro gols de frente: 10 a 6. Porém, o time de Cuba mostrou poder de reação, diminuiu a diferença ainda antes do intervalo e equilibrou o jogo de vez no início do segundo tempo: 17 a 17. Mas na reta final, a seleção brasileira mostrou superioridade técnica e deslanchou para fechar o placar em 26 a 22. Para a capitã Dara, as brasileiras souberam mostrar a cara do País em
quadra.
- Fomos do menos para o mais. Talvez não mostramos o melhor
handebol no começo da competição, mas mostramos a cara do Brasil na fase
decisiva. Jogamos com raça e determinação. Essa foi uma vitória do
grupo. Estão todas de parabéns - disse uma das veteranas da equipe.
O técnico do Brasil, o dinamarquês Morten Soubak, elogiou a postura da
equipe
- Estamos muitos felizes. Foi a melhor partida do campeonato.
Conseguimos construir um time jovem sem grande preparação ou amistosos.
Mesmo com o ginásio incendiado quando Cuba estava na frente, o time
continuou firme. Esse foi o Pan-Americano mais disputado que já vi. O
grupo está de parabéns- disse.
O Pan de Havana era seletiva para o Mundial da Dinamarca, em dezembro.
Porém, o título não influenciou a situação do Brasil, que já tinha vaga
por ser o atual campeão. Garantiram vaga para o Mundial a finalista,
Cuba, além de Argentina e Porto Rico, semifinalistas. A próxima
competição do Brasil serão os Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho.
RESULTADOS COMPLETOS
21/05 (quinta-feira)
Venezuela 25 x 25 Porto Rico
Paraguai 25 x 18 Groenlândia
Brasil 28 x 14 Estados Unidos
Uruguai 29 x 27 Chile
Argentina 23 x 24 Cuba
México 34 x 15 Guatemala
22/05 (sexta-feira)
Groenlândia 26 x 26 Venezuela
Estados Unidos 24 x 25 Paraguai
México 30 x 24 Chile
Porto Rico 15 x 35 Brasil
Argentina 48 x 6 Guatemala
Cuba 44 x 19 Uruguai
23/05 (sábado)
Brasil 32 x 12 Groenlândia
Paraguai 31 x 26 Venezuela
Estados Unidos 20 x 23 Porto Rico
Argentina 31 x 20 Chile
Uruguai 37 x 37 México
Cuba 47 x 12 Guatemala
24/05 (domingo)
Paraguai 29 x 33 Porto Rico
Groenlândia 28 x 22 Estados Unidos
México 23 x 36 Argentina
Venezuela 16 x 33 Brasil
Uruguai 42 x 14 Guatemala
Chile 26 x 40 Cuba
25/05 (segunda-feira)
Porto Rico 27 x 26 Groenlândia
Venezuela 20 x 22 Estados Unidos
Brasil 28 x 22 Paraguai
Argentina 34 x 15 Uruguai
Guatemala 19 x 36 Chile
México 20 x 37 Cuba
27/05 (quarta-feira) - Semifinais
Brasil 26 x 15 Argentina
Cuba 32 x 26 Porto Rico
28/05 (quinta-feira) - Finais
Argentina 33 x 16 Porto Rico (disputa pelo terceiro lugar)
Brasil 26 x 22 Cuba
AS CAMPEÃS
Goleiras: Jacqueline Oliveira Santana (Toulon - França) e Jéssica Silva de Oliveira (AAU/Handebol Concórdia - SC)
Centrais: Francielle Gomes da Rocha (Hyppo Nö - Áustria) e Gabriela Pessoa Constantino (EC Pinheiros - SP)
Armadoras: Adriana do Nascimento Lima (MKS Zaglebier Lubin - Polônia),
Amanda Claudino de Andrade (AAU/Handebol Concórdia - SC), Jaqueline
Anastácio (Ringkobing Handbold - Dinamarca), Karoline Helena de Souza
(Nykobing F. Handboldklub - Dinamarca) e Vitória dos Santos de Macedo
(FAB/Vila Olímpica - RJ)
Pontas: Célia Janete Costa Coppi (Metodista/São Bernardo - SP), Jéssica
da Silva Quintino (MKS Selgros Lublin - Polônia), Larissa Fais Munhoz
Araujo (Apahand/UCS/Caxias - RS) e Samira Pereira da Silva Rocha (OGC
Nice - França)
Pivôs: Daniela de Oliveira Piedade (Siofok KC - Hungria), Fabiana
Carvalho Carneiro Diniz (Nantes Loire Atlantique - França) e Tamires
Morena Lima de Araujo (Gyori Audi ETO - Hungria)