Lapidada como uma joia nas últimas temporadas, Gabi tem a
partir desta quarta-feira a sua grande chance de liderar a seleção brasileira
na busca por um importante título. Em um grupo sem as principais atacantes, a
ponteira de 21 anos vai saborear a condição de protagonista nas finais do Grand
Prix, competição anual em que o Brasil busca sua 11ª conquista. A estreia
brasileira é contra China, a partir das 17h (de Brasília), no Century Link
Center, em Omaha , nos Estados Unidos. Ciente da sua importância para a equipe
nacional, a jovem diz estar pronta para encarar em apenas cinco dias as
principais adversárias brasileiras no cenário mundial. Além de China, o Brasil
terá pela frente Estados Unidos, Rússia, China e Japão. Todas as partidas da fase final, no sistema de pontos corridos, terão transmissão ao vivo pelo SporTV e cobertura em Tempo Real no GloboEsporte.com.
- Eu espero fazer uma grande fase final, representar bem o Brasil e
ser campeã. Tem sido uma oportunidade muito boa poder jogar como titular ao lado
de grandes jogadoras, eu preciso ter essa bagagem. Tem sido um grande
amadurecimento para mim, principalmente essa fase final do Grand Prix, só com
times de ponta e que serão os grandes adversários do Brasil nas Olimpíadas. É minha chance de jogar bem também para, quem sabe, eu conseguir essa vaga
para o ano que vem -
disse Gabi.
Saiba mais: Em quadra que vira piscina, Brasil fica pronto para iniciar finais do Grand Prix
Maior pontuadora e eleita a melhor atacante da última
Superliga, quando foi campeã pelo Rio de
Janeiro, a ponteira sabe que uma grande participação nas finais do Grand Prix
pode ser fundamental para que ela belisque uma vaga na seleção que buscará o
tricampeonato olímpico consecutivo nas Olimpíadas do
Rio 2016.
- Eu preciso dessa bagagem, de jogar mais jogos até as
Olimpíadas. Eu não tenho essa bagagem que a Jaqueline e a Fernanda Garay têm, de
estar há dez anos ou mais na seleção. Meu grande sonho, meu grande objetivo é
jogar as Olimpíadas, e eu venho trabalhando para isso na seleção - comentou Gabi, citando as duas ponteiras costumeiramente titulares da seleção.
Moral com as colegas, Gabi já tem de sobra. Atacante
extremamente ágil e com bom aproveitamento, a mineira de Belo Horizonte merece
elogios em alto e bom de som da levantadora Dani Lins, única titular da
conquista do Grand Prix do ano passado que estará em ação, em Omaha, e responsável por municiar o ataque brasileiro.
- A Gabi é novinha, mas atua como gente grande. Ela tem um
estilo de jogo que eu gosto, que é de chutar bola na ponta. É tranquilo jogar com ela. Ela passa uma
tranquilidade para a gente, de ser jovem e querer sempre estar vibrando e
brincando fora de quadra. Cada ano que passa, ela está surpreendendo cada vez
mais, no Brasil e na seleção. Ela está mostrando que tem o espaço dela, tão
jovem e já está com essa responsabilidade. A gente sabe que com ela o Brasil estará
bem representado - comentou a campeã olímpica em Londres 2012.
Auxiliar técnico de José Roberto Guimarães, Paulo Coco é o
treinador da seleção ns finais do Grand Prix de 2015. Questionado sobre Gabi, ele não quis falar apenas da ponteira e citou
outras atletas da seleção. Mesmo assim, deixou claro quão importante é a presença da ponteira neste momento:
- Vem sendo muito importante a Gabi jogar o tempo inteiro,
não só ela como a Natália, que jogou menos as duas primeiras fases e teve uma
terceira fase muito boa. A própria
Sassá, que teve a primeira vez dela como líbero, a própria Monique, que jogou
menos, está tendo essa chance. E as centrais que estão com uma regularidade
impressionante, em sequência, com a própria ausência da Fabiana e da Thaísa.