Santos e Audax já estão classificados para a segunda fase do
Campeonato Paulista e poderiam fazer um jogo pouco interessante neste
domingo, na Vila Belmiro, às 16h (de Brasília). Mas o jogo se torna uma
boa pedida para quem gosta de
bom futebol e principalmente de esquemas táticos.
Com filosofias de futebol bem definidas pelos técnicos Dorival Júnior e
Fernando Diniz, que se baseiam no poder ofensivo,
com posse de bola e muita movimentação, Santos e Audax são líderes de
seus grupos no Paulistão e as equipes que mais marcaram gols na
competição: 26 e 24, respectivamente.
Outra característica não muito vista no futebol brasileiro, mas que é comum entre o
Peixe e o time de Osasco, é a instrução para ter a bola nos pés,
com poucos chutões e paciência para criar jogadas ofensivas. Os dois
estão entre os que mais acertaram passes no Paulista: 6.073 para o
Santos e 6.933 para o Audax. O Corinthians está entre os dois, com 6.476.
Em
2015, os times se enfrentaram no estádio do Pacaembu. O Peixe
levou a melhor e venceu por 1 a 0, mas quase sofreu o empate. Daquele
confronto, Marquinhos e Rafael Longuine chamaram a atenção e viraram
reforços santistas semanas depois.
Admirador do trabalho de Fernando Diniz, Dorival Júnior espera que, mesmo com
sete desfalques (Renato, Alison e Paulinho, lesionados, e Gabriel,
Thiago Maia, Gustavo Henrique e Elano, suspensos pelo terceiro cartão
amarelo), o Santos possa se sobressair no "duelo tático" deste domingo.
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A posse de bola sozinha é mentirosa. Mas Santos e Audax têm
posse de bola agressiva, com penetrações, movimentação e mobilidade.
Espero um grande jogo, interessante, com duas equipes que vão procurar
envolver o adversário. O trabalho que o Fernando (Diniz) desenvolve no
Audax há praticamente três anos é brilhante. Jogadores estão adaptados,
alguns que vêm desde a primeira formação. É uma equipe gostosa de ver
jogar. Teremos que estar em bom nível e manter o padrão de jogo, mesmo
com ausências, para podermos vencer – analisa Dorival.
Para enfrentar o Audax, o Santos jogará pela primeira vez em 2016 sem
volantes de origem. O meio-campo foi formado nos treinamentos desta
semana por quatro armadores: Léo Cittadini, Rafael Longuine, Vitor Bueno
e Lucas Lima. Dorival Júnior não se preocupa com a falta de marcadores e garante que a defender se aprende, mas a atacar, não.
*Colaborou sob supervisão de Bruno Giufrida