Em apenas uma semana o Corpo de Bombeiros já registrou mais de 200 ocorrências de queimadas em São José do Rio Preto (SP) e região. O tempo está seco e problemas de saúde podem ser agravados assim como outros transtornos podem ser causados devido à fuligem e a fumaça causados pelas queimadas.
A Polícia Ambiental, a Cetesb e a Prefeitura de Rio Preto dividem a responsabilidade de fiscalizar as queimadas. Os policiais ambientais conferem os danos provocados à natureza, a Cetesb verifica se há fogo em canaviais e a prefeitura fiscaliza as queimadas urbanas.
A dona de casa Ana Cecília Moraes fechas as janelas, mas não consegue se livrar da fuligem causada pelas queimadas. "É complicado, porque a fumaça é demais. Meu marido tem problema de falta de ar e preciso jogar água para a fuligem não subir. Eu limpo, mas continua caindo", reclama.
Moradores do bairro Nova Catanduva, em Catanduva (SP), e do Jardim Nunes, em Rio Preto, reclamaram de incêndios registrados em terrenos. Em uma semana, a cidade registrou 40 incêndios desse tipo.
A tenente do Corpo de Bombeiros Lidiara Lenarduzzi afirma que as queimadas provocam empobrecimento do solo e aumentam os riscos de grandes incêndios. "Muitas vezes a pessoa coloca fogo em um pequeno lixo em terreno baldio, mas esse incêndio pode atingir edificações, carros e até pessoas", afirma.
Com tantas queimadas a qualidade do ar também fica prejudicada. O gerente da Cetesb Antônio Falco Júnior diz que o fato de não chover há 15 dias, da temperatura ficar acima dos 30º e a umidade relativa do ar ficar entre 26 e 28 influencia na piora da qualidade do ar. "Principalmente as queimadas urbanas favorecem para a piora da qualidade do ar, além da poluição", diz.