21/03/2016 12h29 - Atualizado em 21/03/2016 13h27

'Investimento na polícia é quase zero', diz Beltrame após cortes de gastos

Gastos ficam restritos à folha de pagamento e ao custeio da máquina.
Secretaria de Segurança (Seseg) teve cerca de 35% do orçamento cortado.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio

Cúpula da segurança do Estado do Rio de Janeiro não participa de audiência pública na Alerj (Foto: Gabriel Barreira/ G1)Cúpula da segurança do Estado do Rio de Janeiro participa de audiência pública na Alerj (Foto: Gabriel Barreira/ G1)

O secretário de segurança José Mariano Beltrame afirmou nesta segunda-feira (21) que, em meio à crise econômica vivida pelo país e pelo Estado do Rio, com cortes no orçamento da pasta,  os investimentos da Secretaria ficarão reduzidos "praticamente a zero". A redução no orçamento da secretaria, anunciada pelo governo do estado no início de fevereiro, corresponde a uma redução de cerca de R$ 2 bilhões, ou 32%, dos R$ 10,2 bilhões inicialmente previstos para este ano.

Beltrame participou nesta segunda de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de outras autoridades do setor de segurança, como o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Edson Duarte.

Ainda segundo o secretário de Seguranca, com os cortes previstos, os pagamentos da pasta ficam restritos quase que exclusivamente à folha salarial e ao custeio da máquina burocrática. Beltrame afirmou, no entanto, que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) serão aprimoradas este ano, graças a doações de verbas do Fundo Especial da Alerj.

"Se há um futuro para as UPPs é graças a esta Casa, e mais uma vez agradeço [o repasse]. A UPP vai avançar, não no sentido de fazer em outras áreas, mas de buscar consolidar, fazendo licitações e compras de equipamentos", explicou Beltrame, citando inclusive a reforma das bases de unidades já instaladas.

Beltrame reclamou ainda do recebimento "picado" de valores, o que impediria o planejamento de ações complexas do terceiro mês em diante. Com o fim do pagamento de bônus por conta da crise, Beltrame admitiu ainda que há um inegável "aspecto desmotivacional" para o militar que deixa de receber os valores adicionais.

Entre os medidas previstas para se ajustar ao corte de orçamento, estão a demissão de 135 pessoas e a redução no uso de viaturas, despesas com telefonia e manutenção. O secretário afirmou que “não se orgulha dos cortes”.

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