Agencia EFE

09/02/2016 19h33 - Atualizado em 09/02/2016 19h33

Fundador de Wikileaks diz que votar em Hillary é votar a favor da 'guerra'

Julian Assange se manifestou nesta terça contra pré-candidatura de Hillary.
Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres.

Da EFE

Assange em foto desta sexta-feira (5), quando comissão da ONU proferiu posição favorável a ele  (Foto: Reuters/Peter Nicholls)Assange em foto desta sexta-feira (5), quando comissão da ONU proferiu posição favorável a ele (Foto: Reuters/Peter Nicholls)

O fundador da portal Wikileaks, Julian Assange, se manifestou nesta terça-feira (9) contra a pré-candidatura de Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos, por considerar que a candidata democrata é favorável a uma "guerra estúpida e sem final".

O ativista publicou milhares de documentos secretos diplomáticos dos Estados Unidos em um artigo que garantia que Hillary, que concorre com Bernie Sanders pela nomeação democrata, alimentará conflitos que "propagarão o terrorismo" se chegar à Casa Branca.

"Conto com anos de experiência lidando com Hillary Clinton e li milhares de seus telegramas (diplomáticos). À Hillary falta capacidade de julgamento e empurrará os Estados Unidos em direção a conflitos infinitos", afirmou Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012.

A guerra da Líbia "é o Iraque" de Hillary, que foi secretária de Estado americana entre 2009 e 2013.

"A guerra de Hillary avivou o terrorismo, matou dezenas de milhares de civis inocentes e fez os direitos das mulheres retrocederem centenas de anos no Oriente Médio", afirmou Assange.

 

Refugiado há três anos
O australiano, de 44 anos, completou no dia 19 de junho do ano passado três anos refugiado na embaixada equatoriana em Londres, ao término de um longo processo legal no Reino Unido, que decidiu por sua extradição à Suécia, onde é investigado por crimes sexuais.

O Equador ofereceu asilo a ele, mas Assange pode ser preso imediatamente se pisar em solo britânico. Durante anos, policiais permaneceram mobilizados em frente à embaixada a um custo de milhares de libras.

O australiano teme que a Suécia o entregue aos Estados Unidos, onde pode ser processado por ter revelado milhares documentos diplomáticos e militares americanos no site WikiLeaks.
Assange fundou o WikiLeaks em 2006, e suas atividades, incluindo a divulgação de 500 mil arquivos militares secretos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque e 250 mil correspondências diplomáticas, enfureceram os Estados Unidos.

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