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no Bom Dia Brasil

Temer janta com Armínio, que não vai para o governo

Jantaram ontem em São Paulo o vice Michel Temer, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e o senador Aécio Neves. Não houve um convite formal para Armínio participar do governo. Na verdade, Temer havia mandado outros interlocutores sondarem o ex-presidente do BC, que já havia dito que não tem intenção de ir para o governo. Armínio durante a campanha foi indicado ministro, caso Aécio vencesse, mas avisou que agora não está disposto a integrar qualquer equipe. Mas se dispôs a ajudar com ideias.

O jantar ontem foi mais uma conversa sobre o Brasil. Michel Temer estava mais interessado em ouvir e por isso fez muitas perguntas. Armínio traçou um quadro preocupante sobre a situação fiscal brasileira.

Ele defendeu que o governo estabeleça metas de superávit primário crescentes e aceite estabelecer em lei um limite para a dívida pública. O Brasil está indo para o quarto ano de déficit primário e a dívida pública deu um salto impressionante no governo Dilma.

Na conversa não foi feito nenhum convite a Armínio Fraga já que ele já havia dito a quem o sondou que não quer ir. Durante todo o tempo que falou, Armínio alertou o vice-presidente para a gravidade da situação econômica e chegou a dizer: isso é uma emergência.

O vice Michel Temer tem analisado outros nomes como o do senador José Serra, que é um forte fiscalista, ou seja, entende muito de contas públicas. Outro nome é o do economista Murilo Portugal, que serviu a vários governos, foi secretário do Tesouro no governo Fernando Henrique e secretário-executivo do Ministério da Fazenda no governo Lula. Hoje está na Febraban. E Henrique Meirelles, ex-presidente do BC.

Outro nome que está em todos os estudos de montagem de equipe de um possível governo Temer, para a área social, é o ex-deputado e ex-ministro Roberto Brant.

Temer está numa situação complicada porque ao fazer movimentos para montar uma equipe para governar ele parece apressado, já que o Senado ainda não deliberou sobre o impeachment. Mas ao mesmo tempo ele não pode improvisar em um momento de crise econômica como a que o Brasil vive. Se o Senado aceitar o relatório que veio da Câmara, quem preside o julgamento é o presidente do STF. Mas neste caso, Temer teria que assumir. Mesmo sendo posse temporária, a gravidade da crise exigirá assumir como se fosse ficar.

Veja o comentário feito no Bom Dia Brasil.



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