Do início avassalador, o que gerou grande emoção a D’Alessandro, a um jogo tenso, cheio de reclamações, principalmente por parte da equipe visitante. A vitória do Inter por 2 a 1 sobre o Tigres, na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, também teve novo momento de estrelismo de Valdívia, mas também fases de tensão e dificuldades, em que Alisson precisou frear o astro francês Gignac, Rafael Sobis e companhia - a ponto de ganhar abraço reconfortante do irmão e reserva Muriel.
Outra curiosidade foi a ausência a do “novo” treinador colorado. Sem Diego Aguirre, suspenso, Enrique Carrera foi o responsável por comandar o time. Com a vitória, o Inter ficou com vantagem para o confronto de volta, marcado para a próxima quarta-feira, em Monterrey, no México. Abaixo, o GloboEsporte.com conta detalhes da semifinal da Libertadores.
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Início avassalador e emoção
Talvez nem o colorado mais otimista
esperasse por um início tão promissor como foi a partida desta
quarta-feira. Nos 10 minutos inicias, o Inter deixou para trás aquele
time do Brasileirão. Contagiado pelo clima da Libertadores, a equipe
acanhou os felinos do Tigres. Nesse ritmo frenético, o Inter
conseguiu abrir o marcador aos quatro minutos.
D’Alessandro arriscou de
fora da área e venceu o arqueiro argentino Guzman. E D'Ale explodiu.
Correu em direção ao torcedor, como um colorado apaixonado. Colocou a
mão no peito e mostrou os olhos marejados por emoção. Para o argentino, a
Libertadores também tinha um gosto especial. Ainda fez gesto de coração
e mandou beijo para a torcida. Depois, lutou tanto que deu até carrinho na defesa.
Pokaestrela
Seja por
atuações convincentes ou “sorte”, Valdívia está sempre presente em
momentos decisivos. Foi assim novamente na noite desta quarta-feira.
Quase da quina da grande área desferiu um chute que acabou saindo
desviado. A batida na defesa fez a bola encobrir o goleiro adversário. Desta
vez, ao contrário do que fez contra o Santos, quando também ganhou
ajuda da sorte, comemorou, e muito. Se jogou no gramado e fez gesto
semelhante ao do corredor jamaicano Usain Bolt.
apoio do irmão
Mas
a tarefa não seria tão simples assim. Era um jogo aberto, com duas
equipes predispostas ao ataque. E, num cruzamento de Rafael Sobis, Ayala
descontou de cabeça, aos 24 minutos, o que mudou o panorama da partida. O Tigres passou a mostrar as garras, voltou a acreditar em si.
Aa reação parou graças a um Alisson iluminado. O goleiro colorado
segurou o gigante Gignac e os chutes de Rafael Sobis. Garantiu a vitória
e justificou a merecida titularidade. No intervalo, ganhou um abraço do
irmão Muriel, o que mostrou apoio.
Braço direito de Aguirre
Aguirre
não estava presente no campo - assistiu à partida dos camarotes do
Beira-Rio devido a uma suspensão. Coube a Enrique Carrera passar as instruções e comandar a
equipe. Ficou a maior parte da partida ao lado do campo,
próximo ao limite da área reservada. De uma forma geral, mostrou-se
tranquilo, sem estilo explosivo. Tentava passar instruções para os
jogadores mais próximos, como Geferson.
- Foi uma experiência
espetacular, a primeira vez que comandei uma partida na Libertadores,
mas já tinha feito isso pelo Campeonato Uruguaio, em situação parecida.
Eu e o Aguirre tínhamos conversado sobre as situações de jogo - contou,
após o jogo.
Reclamações
Sobraram reclamações,
durante a partida, principalmente por parte do Tigres. Se D’Alessandro é
o cara do Inter que costuma conversar com a arbitragem Rafael Sobis fez
esse papel pelo lado dos mexicanos. A primeira grande
reclamação foi por um possível pênalti não marcado, nos acréscimos do
primeiro tempo. Sobis e Juninho reclamaram, argumentaram ao final do
primeiro tempo.
Já durante o segundo tempo, os atletas do Tigres
explodiram com a expulsão de Ayala, pelo segundo cartão amarelo em falta
dura. Mas os jogadores colorados também tiveram sua birra com o
juiz. Lisandro López, por exemplo, “enlouqueceu” em uma marcação
equivocada de impedimento. Colocou as mãos na cabeça, como se não
acreditasse.
Sobis não queria sair
A partida também teve um lance
curioso. O técnico Ricardo Ferretti chamou Gerardo Lugo para substituir
Rafael Sobis. Só que o atacante, ex-Inter, pediu para permanecer em
campo, esperar uma cobrança de falta que seria cobrada por Juninho. E
Lugo permaneceu ali por seis minutos de pé, sem ingressar a partida. Ao
sair de campo, vaiado por torcedores, Sobiu viu Tuca Ferretti com os
braços abertos, como se o treinador não tivesse entendido o pedido do
atacante.
O placar acabou servindo, de certa forma, para os dois
times. Enquanto os colorados comemoraram a vantagem, os atletas do
clube mexicano valorizaram a derrota por placar mínimo, sendo que o time
estava com um a menos. Agora, ficou tudo para a próxima
quarta-feira, em Monterrey. Enquanto o Inter tem a vantagem do empate, o
Tigres pode vencer por 1 a 0, que se garantirá na final. Um novo 2 a 1,
a favor dos mexicanos, levará a decisão para penalidades.
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