A um
dia da reunião que pode determinar se o Brasil receberá ou não vaga
olímpica no basquete feminino e masculino, o técnico Luiz Augusto Zanon
aguarda de longe. Após a vitória de seu time sobre Porto Rico, pela segunda
rodada de grupos do Pan de Toronto, o treinador afirmou que a
indefinição não interfere em seu trabalho diário com as jogadoras do
país. No entanto, confirma que existe sim uma ansiedade pelo desfecho.
– A gente fica ansioso porque são as Olimpíadas que estão em jogo. Mas a
gente não tem nenhum tipo de interferência. A gente vai aguardar tanto
quanto vocês o desfecho dessa reunião. Não sei se vai ser definido agora
ou em agosto, mas temos que manter o trabalho que é de reformulação.
Confira o quadro de medalhas do Pan
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A
questão existe até agora porque a Confederação Brasileira de Basquete
(CBB) não quitou uma dívida de US$ 1 milhão (R$ 3,25 milhões) com a
Federação Internacional de Basquete (Fiba) pela vaga no Mundial de 2014 -
o valor seria quitado em parcelas, mas apenas a primeira foi paga. A reunião deste sábado,
em Toronto, que contará com a presença da direção das duas entidades e
do Comitê Olímpico do Brasil (COB), pode encerrar o caso.
– Eu planejei participar de todos os campeonatos com essa equipe, com
todas essas meninas. Seria triste ficar fora, quebraria esse ciclo de
amadurecimento desse grupo - disse o técnico da seleção feminina.
A
Fiba, por sua vez, mantém o prazo do dia 31 de julho para receber uma
resposta da CBB. Depois da reunião de Toronto, haverá um novo encontro
do Comitê Executivo da entidade no Japão, entre os dias 7 e 9 de agosto,
que será a última instância do caso. Se não existir um consenso, o
Brasil terá que passar pela Copa América, tanto no masculino quanto no feminino, para se classificar para os Jogos Olímpicos.
Nos
Jogos Pan-Americanos de Toronto, o Brasil tem dois jogos pelo time
feminino. A equipe perdeu a estreia para os Estados Unidos, mas se
recuperou e superou Porto Rico nesta sexta-feira. Zanon afasta a polêmica de suas comandadas.
– Para nós, isso não está interferindo. É um grupo de reformulação,
renovação, que sabe da capacidade. As Olimpíadas estão longe, a gente
vivencia o Pan-Americano. Qualquer coisa sobre isso é parte
administrativa. Não afeta esse grupo. Esse é um problema administrativo,
estamos focados em buscar o limite - disse o técnico.
O Brasil volta a jogar já neste sábado, quando encara a seleção feminina de Porto Rico, às 11h30 (horário de Brasília).