Como se a crise financeira que assola a Sauber já não fosse suficiente para
atrapalhar o desempenho do time suíço na temporada 2016 da F1, um novo problema
parece se desenvolver entre seus dois pilotos. Por mais de
uma vez, Felipe Nasr alegou que sua performance abaixo do esperado neste ano se
dá em função de um problema crônico, que aconteceu na montagem do chassi do seu C35, realizada "às pressas" nos boxes
de Melbourne. O brasileiro também já falou publicamente que o carro do
companheiro, Marcus Ericsson, montado na fábrica da equipe na Suíça - e que foi
usado pela dupla nos testes de pré-temporada em Barcelona -, não sofre com a
mesma deficiência.
- Estou 100% de que o carro tem algo de errado. Eu tenho sofrido desde o
início do campeonato, mas ele (Ericsson) está feliz desde o primeiro momento.
Eu pilotei o carro dele em Barcelona e me senti feliz também – disse após o GP
da China.
Aparentemente incomodado com as declarações do brasileiro, Ericsson falou
que está disposto a trocar de carro para o próximo GP, na Rússia, caso Nasr
queira. O sueco foi além e aproveitou a oportunidade para dar uma alfinetada no
brasiliense.
- Por que não? Eu estou disposto, não me importaria. Vou propor a ele (Nasr)
e ver o que acha. Mas eu já estava mais forte no fim de 2015. Trabalhei duro na
pré-temporada para estar ainda mais forte neste ano. Além disso, confio na
equipe e no carro. Creio que mostrei quem é o melhor piloto – afirmou.
Na temporada passada, Nasr terminou bem à frente de Ericsson. Enquanto o
brasileiro foi o 13º, com 27 pontos, Marcus terminou em 18º, com apenas nove
pontos. Já em 2016, a situação é um pouco diferente, mas longe daquela descrita
por Ericsson. Na Austrália, Nasr foi 15º, mas Ericsson sequer terminou a prova,
já que o carro estava com problemas. No Bahrein, o sueco foi 12º, enquanto Nasr
foi o 14º. Mas a maior diferença foi no GP da China. Enquanto Ericsson cruzou a
bandeirada em 14º, Nasr foi o 20º.