24/11/2015 19h50 - Atualizado em 24/11/2015 19h50

Programação especial marca Semana do Doador Voluntário de Sangue

Campanha busca conscientizar pessoas sobre o ato de doar.
Semana é realizada na época em que tradicionalmente o estoque diminui.

Do G1 BA

Unidade móvel do Hemoba está localizada no Salvador Shopping (Foto: Elói Corrêa/GOVBA)Unidade móvel do Hemoba está localizada no Salvador Shopping (Foto: Elói Corrêa/GOVBA)

Começou na segunda-feira (23) a Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue e, para marcar a data, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba), oferece uma programação especial de segunda a sábado (28), em Salvador. Será realizada uma série de palestras, ações educativas e oficinas sobre doação de sangue na sede da Hemoba, no Hospital Geral do Estado, para conscientizar as pessoas sobre a importância do ato de doar.

A Semana do Doador precede o período em que geralmente baixam os estoques de bolsas de sangue no estado, por isso a campanha ganha força. “Nessa época de fim de ano, onde têm mais festas e viagens, as doações caem, então a semana ajuda sem dúvida”, afirma o diretor da Hemoba, Marinho Marques. Ele informa que a fundação está perto de atingir a meta de 100 mil bolsas de sangue coletadas neste ano. Até outubro, foram 85 mil bolsas coletadas no estado.

Uma exposição fotográfica irá homenagear doadores de sangue no Salvador Shopping até o mês de dezembro.  Além disso, o local recebe a unidade móvel, o Hemóvel, desta terça (24) à sexta (27), das 9h às 20h. A sede da Hemoba, no Hospital Geral do Estado (HGE), vai estender o horário de funcionamento no sábado (28), das 7h30 às 18h30.

Algumas unidades no interior também funcionam com horários especiais no sábado. Em Eunápolis, o atendimento é das 8h às 17h; em Teixeira de Freitas é das 7h30 às 17h; e em Brumado, das 7h às 12h.

Doação de sangue
O diretor da Hemoba explica que em torno de 25% a 30% dos candidatos não são considerados aptos para doar, porque a triagem detecta algum impedimento para doação. A fundação chegou a atrair 115 mil candidatos este ano, número próximo à meta anual de 140 mil candidatos.

“A maioria dos doadores é do sexo masculino. Em torno de 65% são doadores voluntários, mas também temos o doador de reposição, que é aquele que vai doar para atender a um conhecido que precisa”, informa Marinho.

Para um doador ser considerado fidelizado, é necessário doar ao menos duas vezes por ano. O máximo de doações que uma mulher pode fazer anualmente é três, enquanto o homem pode doar quatro vezes por ano.

Doação de sangue (Foto: Reprodução/TV Bahia)Doação de sangue (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Acreditar em alguns mitos relacionados à doação pode ser um dos principais obstáculos para a doação.

”Existem mitos em relação à doação que vão dificultar. Tem gente que acha que, se doar uma vez, vai ter que doar sempre, porque iria engrossar o sangue. Doar não engrossa nem afina o sangue. A pessoa não fica obrigada a fazer doação para sempre”, avalia o diretor do órgão.

Entre as condições que inabilitam um doador (veja todas), está o uso de piercing na boca e nas partes íntimas, ter feito tatuagem há menos de 12 meses, estar grávida ou ter amamentado nos últimos 12 meses, ter gripe ou resfriado. Além disso, quem tiver de 16 e 17 anos deve estar acompanhado do responsável. Já quem tem de 60 ou 69 anos só pode realizar a doação se já tiver feito outra ao longo da vida.

Medula óssea
Além de doadores de sangue, quem tiver interesse de doar medula óssea também pode procurar a Hemoba. A fundação oferece o serviço de cadastro para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

“Nos hemocentros, são feitos cadastros para doação de medula, com a coleta das amostras de sangue. São feitos testes de compatibilidade e, quando ocorre, a doação é feita no local onde vai acontecer o procedimento de transplante. O importante é fazer o cadastro e manter atualizado”, explica Marinho.

Os dados pessoais dos candidatos à doação serão cruzados com quem precisa realizar o transplante de medula óssea e assim determinar a compatibilidade. A idade do doador é mais restrita, de 18 e 55 anos, além da exigência de boas condições de saúde. 

Ações
A coleta de sangue para doação não é a única função da Hemoba. Quem tem doenças associadas ao sangue pode procurar o órgão para receber atendimento gratuito.

“Trabalhamos com a hemoterapia, que é o uso do sangue para tratamento de doenças. Vamos tratar doentes que tenham anemia falciforme e hemofícilicos. Esse é o nosso público principal”, informa.

O tratamento é oferecido na sede do órgão em Salvador, localizada no HGE. O serviço ainda não está disponível nas outras 25 unidades da Hemoba espalhadas no estado. Nas sedes do interior, a Hemoba oferece, além da coleta de sangue para doação, bancos de sangue para hospitais que não têm.

A fundação ainda conta com trabalho de ensino e pesquisa na área de hematologia. São oferecidos cursos técnicos de hemoterapia, atividade de pesquisa em parceira com órgãos federais e estaduais. Uma delas é a pesquisa desenvolvida na área da anemia falciforme, em parceria com Escola Estadual de Saúde Pública.

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