• Izabela Costa
Atualizado em
 (Foto: André Toma)

(Foto: André Toma)

Anos atrás, a baiana Georgia Gabriela Sampaio acompanhou o sofrimento de uma tia que não recebeu o tratamento adequado para endometriose e, por isso, teve de retirar o útero. Curiosa, a sobrinha descobriu que a análise da doença era um procedimento caro e demorado.

A endometriose é uma doença que se confunde com a cólica menstrual, mas é muito mais grave. Ela leva até 12 anos para ser diagnosticada, atinge cerca de 170 milhões de mulheres no mundo e ocorre quando o endométrio (mucosa que reveste a parede interna do útero) se descola e segue para os ovários ou para a cavidade abdominal, causando até infertilidade. Georgia então elaborou um diagnóstico mais barato, ágil e menos invasivo feito via exames de sangue, urina e saliva. Correu atrás de apoio no Brasil. Sem sucesso.

Em 2014, inscreveu-se num concurso de Harvard para projetos inovadores, sendo uma das premiadas. Sua proposta foi tão bem aceita que nove universidades norte-americanas lhe ofereceram bolsas, mas só neste ano ela se decidiu por uma delas. “Stanford investe muito em pesquisa, principalmente naquelas desenvolvidas pelos alunos”, diz a estudante de engenharia biomédica. “O tratamento dado à saúde reprodutiva da mulher no Brasil ainda carece de atenção. Por isso desejo voltar quando me formar.”

NOTÁVEIS

Nome: Georgia Gabriela Sampaio
Nacionalidade: Brasileira
Idade: 20 anos
Profissão: Estudante
Feito: Criou um diagnóstico para endometriose que é mais barato, ágil e menos invasivo