Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas, é a cidade que mais gerou empregos em fevereiro último, de acrodo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Naquele mês o município somou 1,8 mil novos postos de trabalho - número mais alto do período no estado. Atrás vêm as cidades de Uberaba, Nova Lima, Pirapora e Araxá. O Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova) atribui o crescimento à realização da Feira Nacional do Calçado (Fenova).
A cidade com 89.859 habitantes, de acordo com estimativa populacional divulgada há um ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui 1,2 mil indústrias calçadistas. As fábricas produzem sapatos, tênis e sandálias de vários tipos e tamanhos. Diferente do que ocorre em vários outros segmentos industriais no Brasil, este está contratando.
empresários (Foto: TV Integração/Reprodução)
O presidente do Sindinova, Pedro Gomes, disse que a cidade possui empresários jovens, que acreditam no trabalho como forma de vencer dificuldades. "Essa é a prova que leva Nova Serrana a evoluir dessa maneira", pontuou.
Ainda segundo Pedro Gomes, um fator que contribuiu para o aumento do emprego no setor em fevereiro, foi a realização da Fenova, que permitiu aos empresários locais a realização de novos negócios.
"As fábricas saem da feira com os negócios realizados e a expectativa é outra. O psicológico do empresário que tem pedido dentro de casa é totalmente diferente do daquele que não tem nada para fazer", disse.
Depois da feira, a fábrica que pertence a Cláudia Rosana da Silva precisou contratar seis pessoas para conseguir atender à demanda do mercado. "Depois da Fenova, a gente teve um aumento de vendas de 10% e precisei contratar para aumentar minha produção", contou.
seis funcionários (Foto: TV Integração/Reprodução)
De acordo com o chefe de Governo do Executivo local, Maurício Lacerda, as contratações no setor calçadista refletem em outras áreas da economia.
"Reaquece o comércio. Há uma influência muito grande na área de segurança. Tem menos homicídios, menos assaltos e também na área da saúde, porque as pessoas adoecem menos quando estão trabalhando", disse.
A costureira Efigênia Marta Barbosa é recém-contratada. Após ficar um mês desempregada, ela conseguiu uma vaga como auxiliar de costureira. "A gente precisa comprar muita coisa também, por isso muda bastante a vida da gente. Quando se consegue um emprego, fica bem melhor", finalizou.