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Paysandu faz 2 a 0 no Gama e leva boa vantagem para a decisão no DF

Celsinho marca golaço de falta e Leandro Cearense fecha placar aos 49 minutos do segundo tempo. Jogo de volta será na próxima terça-feira, dia 10, no Estádio Bezerrão

Por Belém

Com mais de 25 mil pessoas no Mangueirão, o Paysandu venceu o Gama por 2 a 0 no jogo de ida da final da Copa Verde, na noite desta terça-feira, e garantiu boa vantagem até a decisão do torneio, na próxima semana. Os gols foram marcados por Celsinho, de falta aos 9 minutos do primeiro tempo, e Leandro Cearense, de cabeça aos 49 da etapa complementar.

Com o resultado o Paysandu pode perder por um gol de diferença no jogo de volta que mesmo assim fica com o título da Copa Verde, mas se balançar as redes fora de casa o Papão poderá até perder por dois (3 a 1 ou 4 a 2, por exemplo). Caso o Gama faça 2 a 0 em casa, a decisão será nos pênaltis, mas se o clube do Distrito Federal vencer por três gols é ele quem leva o caneco. A grande final da Copa Verde será na próxima terça-feira, dia 10, no Estádio Bezerrão. Antes disso, porém, o Papão ainda faz a final do Campeonato Paraense, sábado, diante do São Francisco, em Belém.

Paysandu x Gama - Mosaico Mangueirão (Foto: Fernando Torres/Paysandu)Torcida do Paysandu preparou mosaico no Mangueirão antes do início da partida. Foram 24.160 pagantes e 2.450 credenciados, configurando o maior público do ano no estádio: 26.610 pessoas (Foto: Fernando Torres/Paysandu)

Celsinho faz pintura; Gama se segura e abusa das faltas

A missão do Gama não era fácil. Com o Paysandu invicto há 23 partidas e com a torcida mais do que empolgada pelo bom momento do clube na temporada, a expectativa do técnico Arthur Bernardes era segurar o ímpeto bicolor nos primeiros 20 minutos de jogo e encaixar rápidos contra-ataques, para surpreender a defesa adversária. A proposta caiu por terra logo aos 9, com o golaço de falta do meia Celsinho. A cobrança, feita com perfeição do final da intermediária, fez a bola entrar no ângulo e Pereira não alcançou.

Até o gol, a partida se desenvolvida de forma equilibrada. O Gama aparecia bem na frente, apesar de pouco perigo levar ao gol alviceleste. Mas, ao ficar atrás no placar, o Periquito Verde recuou e se deixou ser pressionado pelo time da casa. Celsinho buscava o jogo e investia nas jogadas pelas pontas, municiando bem Raí, pela direita, e Fabinho Alves, pela esquerda. Os cruzamentos, mesmo abundantes, eram pouco eficientes. Os zagueiros Pedrão e João Paulo, apesar de muito exigidos, venceram a maioria das disputas pelo alto na área. Quando não, o ataque bicolor pecava na finalização.

Celsinho comemorando gol pelo Paysandu (Foto: Fernando Torres/Ascom Paysandu)Celsinho comemora golaço pelo Paysandu, logo aos 9 do primeiro tempo. Jogador foi principal destaque do time na noite desta terça-feira. (Foto: Fernando Torres/Ascom Paysandu)

Acuado, a resposta do Gama era tímida. Aos 25, o lateral-direito Dudu Gago se lançou ao ataque e arriscou chute forte de fora da área, mas mandou direto para fora, sem perigo. Aos 32, em cobrança de falta da intermediária, Fábio Gama alçou na área do Papão, mas Grampola não conseguiu desvia a bola, que ficou nas mãos do goleiro Emerson.

Na reta final do primeiro tempo a partida perdeu um pouco do brilho. Os jogadores do Verdão do Distrito Federal abusaram das faltas, às vezes duras demais. Aos 33, João Paulo deixou as travas da chuteira na canela de Crystian, que, sangrando, precisou sair de campo rapidamente para colocar um curativo. Aos 36, foi a vez de Celsinho ser atingido em dividida no alto pelo volante Lucas Almeida. O árbitro Alisson Sidnei, do Tocantins, não soube administrar bem o clima criado, economizou nos cartões e gerou muita reclamação dos dois lados e da torcida.

Paysandu aumenta pressão, mas Gama se segura

As equipes voltaram para o segundo tempo com as mesmas escalações, mas com posturas táticas diferentes. Arthur Bernardes mandou seu time avançar as linhas de marcação, atrapalhando a ligação defesa-ataque do Paysandu. Celsinho, que teve muita liberdade no primeiro tempo, passou a ser mais visado pelos marcadores do Gama, que não hesitavam nas faltas.

A falta de eficiência do ataque alviceleste e a vantagem mínima do placar fizeram com que Dado Cavalcanti mudasse o time aos 18. Ele sacou Raí para a entrada de Raphael Luz, uma opção mais ofensiva ao meio-campo. O ataque melhorou, mas não muito. Fabinho Alves, em noite pouco inspirada, errava passes e não conseguia fugir da marcação adversária. Do outro lado, o clube do Distrito Federal se fechou na defesa e tinha como principal referência ofensiva Grampola, mas o atacante era constantemente pego em posição irregular.

Leandro Cearense marca o segundo gol do Paysandu na final da Copa Verde (Foto: Fernando Torres/Ascom Paysandu)Leandro Cearense marcou, nos acréscimos, o segundo gol do Paysandu na final da Copa Verde em Belém.
(Foto: Fernando Torres/Ascom Paysandu)

A partida só voltou a ganhar emoção aos 28, com chute de Celsinho de fora da área. A batida, rasteira e colocada, obrigou Pereira a espalmar para a linha de fundo. O Paysandu continuou botando pressão na defesa do Gamão. Aos 37, Crystian cruzou bem e Fernando Lombardi cabeceou com perigo, mas a bola raspou a trave e foi para fora. Apenas três minutos depois, Leandro Cearense invadiu a área do Gama, mas chutou para fora e, no minuto seguinte, Wanderson – que entrou no lugar de Fabinho Alves – chutou com força dentro da área, mas Pereira defendeu.

Com a grande pressão bicolor, Bernardes tirou Grampola para colocar mais um zagueiro em campo, Jesiel. O Gama ainda gastou o tempo que pôde, mas, nos acréscimos, Leandro Cearense deu cabeceio certeiro, garantiu o segundo gol do Papão no jogo e grande vantagem para o jogo de volta.