24/07/2015 20h57 - Atualizado em 24/07/2015 21h04

Ministro defende encontro de Dilma e Lula com Fernando Henrique

Edinho Silva afirmou nesta sexta que reunião deve ser 'boa' para o país.
Segundo ele, há 'pauta ampla' que pode ser discutida entre eles.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, defendeu nesta sexta-feira (24) que a presidente Dilma Rousseff se reúna com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Integrante da coordenação política do governo, ele avaliou que ouvir ex-presidentes "é bom para o país".

O jornal "Folha de S.Paulo" publicou nesta quinta-feira (23) reportagem na qual informou que o ex-presidente Lula autorizou interlocutores a procurarem assessores de Fernando Henrique para que pudesse ocorrer uma conversa entre os dois. Ainda segundo o jornal, em reportagem publicada nesta sexta, a presidente Dilma sinalizou interesse em se reunir com os antecessores.

Conforme o Blog do Camarotti publicou nesta quinta-feira, no entanto, o vazamento da informação sobre o possível encontro entre Lula e FHC pode inviabilizar uma conversa reservada entre os dois. Aliados de Lula atribuem a divulgação da informação ao grupo do tucano.

“Sou plenamente favorável e acho que isso deveria acontecer mais no Brasil: ex-presidentes conversando. Nos Estados Unidos, é a coisa mais normal do mundo ex-presidentes se reunirem, inclusive, a convite do presidente em exercício. Sempre que você estabelece diálogo entre lideranças nacionais é bom para o país”, disse o ministro Edinho Silva.

“Tem o FHC e o Sarney, que também podem dar uma colaboração. [...] Tem uma pauta para o país que é ampla, desde o ajuste econômico, a retomada do crescimento, reforma política, tributária, tem uma pauta para o país que é histórica. Ouvir ex-presidentes é sempre bom", acrescentou o chefe da Comunicação Social.

'Turbulência'
Edinho Silva também defendeu que haja “otimismo” no país em relação ao atual cenário econômico. Ele avaliou que o momento é de “turbulência”, mas ressaltou que o governo tem “responsabilidade” com o país e adota medidas para retomar o crescimento nos próximos anos.

Nesta quinta, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciaram a revisão da meta de superávit (economia feita para pagar os juros da dívida pública) de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,15%. Além disso, eles também anunciaram contingenciamento (bloqueio) adicional de R$ 8,6 bilhões no Orçamento deste ano.

“A turbulência deste momento é passageira. O importante é que a política econômica tá definida, ela tem previsibilidade, ela oferece previsibilidade ao mercado, aos investidores e à sociedade. As regras estão aí, são claras e não serão alteradas. Portanto, qualquer investidor ou agente econômico no país ou internacional consegue enxergar o cenário econômico brasileiro, isso que é importante: previsibilidade e credibilidade”, disse o ministro.

Edinho Silva avaliou ainda que “em breve” o setor financeiro vai entender que a política econômica do país está “definida”, é “sólida” e oferecerá “bons resultados”.

 

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