19/05/2016 12h38 - Atualizado em 19/05/2016 12h40

Ministro da Saúde visita feira em SP e diz que 'SUS é direito do cidadão'

Ricardo Barros diz que não falou que tamanho do SUS deve ser revisto.
Ele disse que deseja gastar melhor cada centavo disponível.

Tatiana SantiagoDo G1 São Paulo

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou feira hospitalar em São Paulo (Foto: Tatiana Santiago/G1)O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou feira hospitalar em São Paulo (Foto: Tatiana Santiago/G1)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta quinta-feira (19), em São Paulo, que o Sistema Único de Saúde (SUS) "é direito do cidadão e uma garantia absoluta". Ele destacou a importância de gerir melhor o sistema e gastar da maneira correta a verba disponível.

Questionado sobre as declarações publicadas em uma entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo” na qual afirmou que o governo não tinha como assumir as garantias previstas na Constituição como o acesso universal à saúde e que o tamanho do SUS precisa ser revisto, ele negou que tenha dito isso.

“Eu não falei sobre o tamanho do SUS, eu falei sobre Previdência. Quem leu a entrevista sabe perfeitamente disso. É uma polêmica desnecessária. O SUS é direito do cidadão, garantia absoluta”, disse Barros.

Barros visitou na manhã desta quinta-feira (19) a Feira Hospitalar, no Expo Center Norte, na Zona Norte de São Paulo. Após andar pelos corredores do centro de exposição para conhecer as novidades, Barros falou rapidamente com a imprensa, mas evitou comentar temas polêmicos, como a “pílula do câncer”, por exemplo.

O ministro declarou que veio conhecer novidades para aprimorar a utilização dos recursos disponíveis para o Sistema Único de Saúde.

“Aqui que se reúne as novas tecnologias, novos procedimentos, novas técnicas e equipamentos, e é isso que nós precisamos para gerir melhor o SUS, gastar melhor cada centavo que é utilizado no Sistema Único de Saúde, que é um direito universal do cidadão brasileiro e que nós queremos executar com o máximo de qualidade”, afirmou ele.

Engenheiro de formação e político de carreira, o novo ministro da saúde afirmou em entrevista ao Jornal da Globo, na terça-feira (17) que não haverá mais dinheiro para a saúde e disse que se recuperar os R$ 5 bilhões cortados do orçamento da pasta já será um vitória.

Carta
A Federação de Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, entregou uma carta ao ministro na qual propõe mudanças e diversas portarias com objetivo de reduzir custos sem afetar a qualidade assistencial.

“O que nós entregamos para o ministro foi um protocolo de intenções, foi um ofício dizendo que existem muitas ações pra gente fazer para diminuir o custo da saúde”, afirmou Yussif Ali Mere Júnior, presidente da federação.

Para exemplificar, ele citou o uso de uma seringa especial que pode ser trocada por uma mais simples. “Um exemplo é agulha retrátil da seringa. Existe uma inovação que assim que você acaba de aplicar a injeção uma capinha cobre a agulha inibindo acidentes de trabalho com profissional da saúde. Essa agulha custa mito mais aro que o normal. Nós não temos muitos problemas com acidente de trabalho para em um momento de crise com esse exigir em todo lugar essa seringa que é uma inovação”, disse Yussif.

O ministro Ricardo Barros se comprometeu a ouvir com mais atenção as reivindicações da categoria.

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