Velocidade. Foi essa a arma utilizada pelo Santa
Cruz para vencer o Bahia por 3 a 1, nesta terça-feira. Ao menos, foi essa a
visão do técnico Marcelo Martelotte. Satisfeito com a entrega dos jogadores, o
treinador elogiou as atuações de Lelê e Luisinho, autor de dois gols, mas
reconheceu que o gramado encharcado acabou prejudicando o nível técnico do
duelo.
- Analisando o jogo, tecnicamente o primeiro tempo foi melhor. Os dois
times jogaram melhor e as chances apareceram mais para as duas equipes. Saímos
na frente e depois tomamos um gol no escanteio. No segundo tempo, o jogo ficou
mais tenso pelo placar e pela necessidade de vitória. O campo também estava
muito pesado. Mas a gente conseguiu usar a velocidade de Luisinho e Lelê para
ter vantagem e aproveitar bem os espaços.
Herói da noite, Luisinho esteve prestes a ser substituído. Mas
justamente quando mandou Nathan para o aquecimento, Martelotte viu o atacante
marcar o primeiro gol com a camisa coral, que colocou o Tricolor em vantagem.
Situação que fez o treinador brincar após a partida.
- Sou um burro com sorte, né? Ia tirar Luisinho. Mas não desisti de
tirá-lo porque ele fez o gol. Foi porque não tinha mais necessidade de colocar
um reforço ofensivo. Mas foi bom que eu pensei só naquele momento. Se eu
pensasse cinco minutos antes poderia ter sido diferente. Mas os jogadores sabem
que essa questão de escolhas está relacionada à característica deles. Não
existe mais essa vaidade dentro do grupo.
Quando Marcelo Martelotte chegou, o Santa Cruz estava na 18ª colocação.
Mas mesmo após acumular cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota neste
seu período à frente do time coral, o treinador pediu frieza e pés no chão
neste reta final de primeiro turno da Série B.
- É motivador ver a classificação e a reação no campeonato. Ainda existe
uma distância para o G-4 e ainda precisamos de um esforço concentrado nessas
últimas quatro rodadas para virarmos o turno em uma boa posição. É importante
que a gente mantenha os pés no chão – disse o treinador.