05/03/2016 14h46 - Atualizado em 05/03/2016 14h48

Ex-funcionários da Unimed dizem não ter recebido direitos trabalhistas

Empresa não teria pagado último salário, rescisão e multa de 40% do FGTS.
Advogados do sindicato da categoria respondem dúvidas por e-mail.

Do G1 São Paulo

Antigos funcionários da Unimed Paulista estão sem receber direitos trabalhistas, como o último salário, rescisão e multa de 40% do FGTS, conforme informou o SPTV. A empresa foi liquidada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Os funcionários não conseguiram ajuda do sindicato da categoria.

A sede da Unimed Paulistana está fechada, e as salas estão todas lacradas. Ninguém entra no prédio desde que a ANS liquidou extrajudicialmente a empresa. O telefone de contato fixado em um comunicado na porta da empresa dá sinal de ocupado.

 

Em um endereço na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, para onde a empresa teria se mudado também conforme um aviso na sede da empresa, a porta permanece fechada e não há companhia.

“Desde segunda-feira, eles não abriram mais. Está vindo bastante gente, e ninguém veio abrir”, disse Sandro Augusto Mota, vizinho da sede da Unimed.

Em tese, o fechamento da empresa seria para garantir o pagamento de ex-funcionários, que ainda não receberam: o último salário e o valor da rescisão. O dinheiro para pagar os ex-funcionários já está bloqueado na Justiça.

O Sindicato das Cooperativas Médicas do Estado de São Paulo entrou com uma ação coletiva no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e conseguiu o congelamento de cerca de R$ 8 milhões da Unimed Paulistana.

No entanto, na prática, uma mulher que prefere não ser identificada por medo de retaliação diz que os colaboradores estão abandonados. “A gente sabe que a Justiça tem o seu tempo, mas o problema é que a gente fica totalmente sem informação. O Sindicato tinha o site com informação, mas de um tempo para cá não tem mais coisa nenhuma".

Sem a ajuda do advogado, outra ex-funcionária diz estar perdida, pois, a partir de agora, para cada um receber a sua parte, as ações têm que ser individuais. “É frustrante mesmo, porque a gente não sabe o que vai acontecer, como que vai finalizar esse processo. Para onde correr?”, diz.

O Sindicato das Cooperativas Médicas informou que continua aconselhando os colaboradores a acompanhar o caso pelo site e disseram que os advogados estão respondendo aos e-mails. O Sindicato explicou ainda que dos 1,5 mil funcionários da Unimed Paulistana, 900 já entraram com ação individual para receber o dinheiro bloqueado pelo Tribunal Regional do Trabalho.

 

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