A experiência costuma ser um diferencial para o
sucesso de um atleta no esporte de alto rendimento. Porém, essa máxima não se
aplica à canoagem feminina brasileira. Em toda sua história olímpica, o país
jamais contou com atletas que tivessem mais de 20 anos nesta modalidade
esportiva.
Em um primeiro momento, a maior dificuldade de
nossas atletas foi conseguir a classificação para as Olimpíadas. Foram sessenta anos entre a inclusão da canoagem feminina nos Jogos, em Londres 1948, e a
estreia brasileira, em Pequim 2008. A partir daí, o que se viu foi o surgimento
de jovens canoístas, sobretudo nas provas de slalom.
Poliana Aparecida de Paula tinha 19 anos – e
treinava há quatro – quando garantiu seu lugar na delegação brasileira que
disputou os Jogos de Pequim. Natural de Piraju, no interior de São Paulo, a
atleta chegou à semifinal olímpica no slalom e encerrou sua participação com o
14° lugar no K1.
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Quatro anos mais tarde, em Londres 2012, o Brasil
conseguiu enviar uma segunda representante aos Jogos, novamente no slalom: Ana
Sátila. A mato-grossense, então com 16 anos, foi a caçula dentre os 259 atletas
que defenderam o país nas Olimpíadas. Na mesma prova que Poliana disputara em 2008,
Ana Sátila terminou em 16°.
Nos Jogos Olímpicos de 2016, esse histórico
inusitado deve começar a mudar. Principal
nome da canoagem feminina nacional, Ana Sátila terá 20 anos nas Olimpíadas do
Rio. Há também a expectativa pela participação de uma canoísta brasileira nas provas de velocidade, o que marcaria a estreia olímpica do país nesta competição.