Festival de games em São Paulo ajuda a revelar novos talentos

O festival de games independentes, que acaba neste domingo (5), em São Paulo, ajuda a revelar novos talentos nessa área. Os jogos eletrônicos movimentam bilhões de dólares. E os brasileiros estão ganhando espaço neste mundo.

De cara, a repórter Renata Ribeiro pensou que não fosse conseguir falar com ninguém no lugar. É que eles estão em outro mundo.

“A garota está em um sonho. E o objetivo, até agora, eu não entendi muito bem, mas praticamente deve ser sair desse sonho”, diz outro jogador.

O que dá para entender é que, no local, está a nata do mercado independente de games: 30 produções de 43 países que não têm o apoio de grandes distribuidoras.

O Brasil está entrando no jogo. Está na mão deles a escolha do vencedor de uma das principais categorias do festival: melhor jogo na opinião do público. No ano passado, o Brasil levou com 42% dos votos. Todo mundo queria saber quem eram os desenvolvedores do jogo, onde ficava a sede da empresa.

Começou na casa da avó dos caras. E ela continua investindo. Perguntada se a empresa em casa não incomoda, ela responde: “Pelo contrário, eu fico vibrando”.

É que ela sabe que os netos largaram tudo que tinham para ir em busca desse sonho. O jogo que eles criaram até faz lembrar essa história: Aritana é um índio que teve a coragem de sair da tribo atrás da pena de uma águia para salvar o cacique doente.

“Aritana veio, aos pouquinhos, aparecendo na nossa cabeça, até que não saiu mais e a gente engatou três anos de produção”, diz Ricardo Abrahão Duaik.

Depois dessa fase difícil, o jogo vai deixar de ser independente para ser distribuído por uma das gigantes do setor. Vão começar a ganhar dinheiro.

“Sou apaixonado, não vivo sem e gosto de saber tudo o que está acontecendo”, afirma outro fã dos games.