Surfe

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por Rico de Souza

Aloha amigos,

Fui ao Hawaii pela primeira vez em 1972 e lá comecei a gostar de conhecer a cultura havaiana e o life style das ilhas, coisas que me identifiquei muito.

Através do meu amigo Randy Rarick, que me influenciou em diversos aspectos e coisas positivas, comecei a gostar de viajar pelo mundo, conhecer novas culturas, fazer novos amigos e também a colecionar pranchas de surf, fotos antigas, troféus, acervos que possam contar a história do surf brasileiro e do surf mundial.

Randy é a pessoa que tem mais notoriedade nisso. Ele coleciona pranchas há uns 30 / 40 anos, faz diversos leilões e é um profundo conhecedor, além de também restaurar pranchas antigas.

Há cerca de 25 anos comecei a colecionar pranchas muito legais e a realizar feiras e exposições em diversos shoppings do Rio de Janeiro, como o Barra Shopping, Downtown, New York City Center, Rio Design Barra e Leblon, além de feiras em São Paulo e Santa Catarina. A minha intenção com isso é sempre promover a cultura do surf, uma forma da gente levar a história do nosso esporte para pessoas que não conhecem.

Isso me interessa bastante, por essa razão tenho um projeto muito legal para 2016 onde pretendo ter na zona portuária um museu fixo. Estou trabalhando muito nisso para que eu possa realizar esse projeto. É um trabalho árduo e que ainda vai demorar um tempo, e conto com grandes parceiros, grandes empresas, grandes arquitetos, mas vou esperar ter a coisa mais concretizada para poder divulgar, porém o projeto já está adiantado.

Tenho cerca de 80 a 100 pranchas e centenas de fotos antigas, taças, troféus, posters de campeonatos e junto de alguns amigos estou realizando esse projeto fantástico.

No meu acervo tem pranchas muito legais e umas das principais e mais valiosas para mim é a prancha do Eddie Aikau, a única prancha no mundo fora do acervo da família. Eu ganhei essa relíquia quando realizei no Madureira Shopping uma exposição espetacular. Trouxe o Clyde Aikau, irmão do Eddie, aqui para o Brasil e ele me presenteou com uma prancha que o Eddie que ele usava em Waimea. É uma prancha espetacular e sou muito orgulhoso de ter essa prancha.

Tenho outras pranchas espetaculares como uma prancha do Pepe Lopes, pranchas do Rory Russel, do Dick Brewer, prancha que o Neco Padaratz usou na vitória na etapa do WCT em Huntington Beach entre outras maravilhosas.

Dentro desse acervo eu tenho toda a história do surf, desde as fotografias da época do Arpoador, do Píer de Ipanema, da época da ditadura e toda a evolução até os dias de hoje.

Eu tenho também as madeirites, pranchas que eram feitas no Arpoador A minha primeira madeirite eu comprei em 1964. Eu vendi garrafas, vendi jornais, tampihas de leite, para poder comprar essa prancha, contra a vontade da minha família.

Só tinha dois lugares que faziam essas pranchas: ali no Arpoador, perto da oficina do Petir, na Galeria River, na Francisco Otaviano e também na Ilha do Governador.

Eu tenho desde essas madeirites até os famosos pranchões São Conrado, do Coronel Parreira, que contribuiu muito com o desenvolvimento da história do surf. Depois vieram as mini models, que são pranchas menores, e eu tenho a evolução, com uma, duas, três e quatro quilhas. Tenho também pranchas de diversos artistas que pintaram. É um acervo muito legal.

Eu agora vou apresentar duas pranchas bem legais. Uma é Greg Noll 9’8” que eu ganhei do Randy Rarick. Ela é de 1964 e está novinha, impecável, pois foi restaurada pelo Randy. Ele me presenteou essa prancha que é um Longboard, que foi usado para ondas maiores, por isso que ela tem um bico mais estreito e fino.

Também tenho uma réplica que o Rory Russell fez especialmente para mim. Ela é uma 7’6” cópia das pranchas que ele usava em Pipeline quanto foi campeão do Pipe Masters em 1976 e 1977.

Os interessados, colecionadores e pessoas que queiram doar pranchas antigas podem entrar em contato com a gente pelo telefone 2438-1821 ou pelo e-mail ricoshaper@globo.com.

Esse foi um primeiro de muitos posts que vou fazer aqui no meu blog sobre as pranchas do meu acervo.


Aloha,

Rico de Souza.

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