Arquitetura

Por Por Marilena Dêgelo


Fachada frontal | Suspensa por quatro pilotis, a casa toca pouco o terreno em declive. Na estrutura de concreto chanfrada, a esquadria abre o ângulo no canto para formar a varanda (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Fachada frontal | Suspensa por quatro pilotis, a casa toca pouco o terreno em declive. Na estrutura de concreto chanfrada, a esquadria abre o ângulo no canto para formar a varanda (Foto: Joana França/Divulgação)
Fachada frontal | Suspensa por quatro pilotis, a casa toca pouco o terreno em declive. Na estrutura de concreto chanfrada, a esquadria abre o ângulo no canto para formar a varanda (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Fachada frontal | Suspensa por quatro pilotis, a casa toca pouco o terreno em declive. Na estrutura de concreto chanfrada, a esquadria abre o ângulo no canto para formar a varanda (Foto: Joana França/Divulgação)

Em uma reserva ambiental nos arredores de Brasília, no Distrito Federal, os moradores da cidade buscam tranquilidade e maior contato com a natureza. Ali, o DJ e promotor Chicco Aquino, escolheu o condomínio Solar da Serra para construir o seu refúgio. No alto do terreno com acentuado declive, o escritório 3.4 Arquitetura projetou um prisma de concreto moldado na obra, que se abre inteiramente, orientado para proporcionar vistas ininterruptas da paisagem serrana.

Compacta, na medida para abrigar apenas o proprietário, a casa de 95 m² reflete as necessidades do estilo de vida simples e moderno do morador. A área interna é dividida em espaços modulares e contínuos: um quarto, um banheiro, escritório, cozinha aberta para a sala e lavanderia independente. “Tem tudo do que eu preciso, e o condomínio está a 30 minutos do centro de Brasília, onde fica minha empresa”, diz Chicco, que atualmente está solteiro. “Comprei o terreno há seis anos porque gostei de sua posição com vista para a paisagem verde e para o nascer do sol. Pensei em construir dois volumes: um familiar e outro para meu estúdio. Fiz primeiro esse menor, que ficou pronto em um ano.”

Apoiada em quatro pilotis, a construção toca levemente o solo, respeitando a topografia natural do terreno. “O projeto buscou coerência entre o material e a estrutura”, diz o arquiteto Diogo Santos, sócio do escritório 3.4. O volume, uma estrutura autoportante, foi executado inteiramente em concreto armado com bordas chanfradas. “Durante a obra, um cuidado especial foi empregado para manter a textura uniforme do concreto, que foi deixado aparente”, acrescenta ele.

Nas fachadas frontal e dos fundos, oito painéis deslizantes de alumínio com vidro e outros oito com venezianas ocupam totalmente os vãos de cada lado. Isso proporciona a continuidade entre o interior e o exterior, e uma percepção espacial dinâmica ao longo do dia, segundo o arquiteto. “A abertura das esquadrias de correr permite a generosa entrada de iluminação natural e ventilação cruzada, que favorecem o resfriamento do concreto – material que tende a absorver e reter calor”, explica Diogo. Outro recurso para manter o conforto térmico dentro da casa foi a implantação de uma camada de vegetação na cobertura que impede a incidência de sol diretamente na laje, que recebeu ainda um sistema de captação e reutilização da água da chuva.

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No escritório da casa, o morador, que também é designer, cuida da parte de comunicação visual de sua empresa. “Eu quis uma casa de campo moderna por causa do meu perfil. Amo a natureza, mas estou sempre antenado”, afirma Chicco,que gostou do projeto com parte do volume em balanço e laterais fechadas por empenas cegas.

Internamente, a construção só tem duas portas: uma para o banheiro e outra, pivotante, para o quarto. Os demais ambientes têm circulação livre. Além do concreto aparente, a casa é minimalista no emprego dos materiais que se repetem nos ambientes: a mesma madeira do assoalho foi utilizada nas portas, e o granito preto da bancada e do balcão da cozinha também aparece na bancada do banheiro. As poucas paredes internas, que embutem os pilares, receberam acabamento de cimento para ficar coma linguagem do concreto. A simplicidade do projeto está ainda na escolha de luminárias iguais para todos os cômodos.

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O que mais encanta o morador é a possibilidade de integrar todos os ambientes à paisagem apenas deslizando os painéis de vidro e as venezianas, que correm nos trilhos nos dois sentidos, em ambas as fachadas. “A casa é muito gostosa. Dentro, a sensação é de se estar fora”, afirma Chicco. “Tenho possibilidade de deixar o espaço de quatro painéis abertos onde eu quiser. Pode ser apenas na sala ou no quarto.”

Nas duas fachadas, o acesso acontece por escadas com estrutura metálica e degraus de madeira. A dos fundos leva ao jardim e à área para estacionamento de carros. Na fachada principal, voltada para a rua e para o horizonte, uma pequena varanda começa estreita ao lado da escada e aumenta de largura na altura do quarto, criando uma área para o morador admirar o nascer do sol e também o da lua.

Varanda | O DJ e promotor de eventos Chicco Aquino descansa na poltrona Paulistano, da Arte Ofício, com os pés apoiados no guarda-corpo de ferro (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Varanda | O DJ e promotor de eventos Chicco Aquino descansa na poltrona Paulistano, da Arte Ofício, com os pés apoiados no guarda-corpo de ferro (Foto: Joana França/Divulgação)
Varanda | O DJ e promotor de eventos Chicco Aquino descansa na poltrona Paulistano, da Arte Ofício, com os pés apoiados no guarda-corpo de ferro (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Varanda | O DJ e promotor de eventos Chicco Aquino descansa na poltrona Paulistano, da Arte Ofício, com os pés apoiados no guarda-corpo de ferro (Foto: Joana França/Divulgação)
Integração | Os espaços são contínuos, com livre circulação entre a cozinha aberta para a sala e o escritório sem porta. Os painéis deslizantes de alumínio com veneziana e vidro, da Alubrar, abrem os vãos das duas fachadas. Luminárias da Reka (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Integração | Os espaços são contínuos, com livre circulação entre a cozinha aberta para a sala e o escritório sem porta. Os painéis deslizantes de alumínio com veneziana e vidro, da Alubrar, abrem os vãos das duas fachadas. Luminárias da Reka (Foto: Joana França/Divulgação)
Integração | Os espaços são contínuos, com livre circulação entre a cozinha aberta para a sala e o escritório sem porta. Os painéis deslizantes de alumínio com veneziana e vidro, da Alubrar, abrem os vãos das duas fachadas. Luminárias da Reka (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Integração | Os espaços são contínuos, com livre circulação entre a cozinha aberta para a sala e o escritório sem porta. Os painéis deslizantes de alumínio com veneziana e vidro, da Alubrar, abrem os vãos das duas fachadas. Luminárias da Reka (Foto: Joana França/Divulgação)
Sala | O morador expõe bichos de madeira e serigrafias do artesanato brasileiro na estante de madeira, criada pelos arquitetos e fixada na parede com cimento. Poltrona da Tok & Stok. Bancos da Arte e Ofício. Tapete da Leroy Merlin (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Sala | O morador expõe bichos de madeira e serigrafias do artesanato brasileiro na estante de madeira, criada pelos arquitetos e fixada na parede com cimento. Poltrona da Tok & Stok. Bancos da Arte e Ofício. Tapete da Leroy Merlin (Foto: Joana França/Divulgação)
Sala | O morador expõe bichos de madeira e serigrafias do artesanato brasileiro na estante de madeira, criada pelos arquitetos e fixada na parede com cimento. Poltrona da Tok & Stok. Bancos da Arte e Ofício. Tapete da Leroy Merlin (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Sala | O morador expõe bichos de madeira e serigrafias do artesanato brasileiro na estante de madeira, criada pelos arquitetos e fixada na parede com cimento. Poltrona da Tok & Stok. Bancos da Arte e Ofício. Tapete da Leroy Merlin (Foto: Joana França/Divulgação)
Quarto | A porta pivotante de ipê champanhe, mesma madeira do assoalho, fica solta na lateral com a abertura dos painéis. A parede de alvenaria com acabamento de cimento queimado acompanha a linguagem do concreto aparente no teto (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Quarto | A porta pivotante de ipê champanhe, mesma madeira do assoalho, fica solta na lateral com a abertura dos painéis. A parede de alvenaria com acabamento de cimento queimado acompanha a linguagem do concreto aparente no teto (Foto: Joana França/Divulgação)
Quarto | A porta pivotante de ipê champanhe, mesma madeira do assoalho, fica solta na lateral com a abertura dos painéis. A parede de alvenaria com acabamento de cimento queimado acompanha a linguagem do concreto aparente no teto (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Quarto | A porta pivotante de ipê champanhe, mesma madeira do assoalho, fica solta na lateral com a abertura dos painéis. A parede de alvenaria com acabamento de cimento queimado acompanha a linguagem do concreto aparente no teto (Foto: Joana França/Divulgação)
Fachada dos fundos | O recolhimento dos painéis para um lado abre o quarto para o jardim com grama em bloquetes de concreto. Ao lado da escada com estrutura de aço e degraus de ipê, banco de concreto usado em praças de Brasília (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Fachada dos fundos | O recolhimento dos painéis para um lado abre o quarto para o jardim com grama em bloquetes de concreto. Ao lado da escada com estrutura de aço e degraus de ipê, banco de concreto usado em praças de Brasília (Foto: Joana França/Divulgação)
Fachada dos fundos | O recolhimento dos painéis para um lado abre o quarto para o jardim com grama em bloquetes de concreto. Ao lado da escada com estrutura de aço e degraus de ipê, banco de concreto usado em praças de Brasília (Foto: Joana França/Divulgação) — Foto: Fachada dos fundos | O recolhimento dos painéis para um lado abre o quarto para o jardim com grama em bloquetes de concreto. Ao lado da escada com estrutura de aço e degraus de ipê, banco de concreto usado em praças de Brasília (Foto: Joana França/Divulgação)
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