Bernardinho sabia que a tarefa não seria simples. Sabia que para passar pela França seria preciso cometer poucas falhas, ter bom aproveitamento no saque e manter a paciência. A receita foi seguida no primeiro set. No segundo, a seleção criou oportunidades, mas não teve a calma necessária para matar os pontos nos momentos decisivos. Foi assim também no seguinte. Ali, o Brasil pecou no saque e pagou um preço alto. A lição tirada da derrota na estreia nas finais da Liga Mundial, no Maracanãzinho, veio na última parcial.
- Erramos o saque em momentos importantes. No final do
terceiro set, foram três em sequência num set que foi
vencido por dois pontos (31 a 29). No quarto, entramos com uma postura diferente.
Em alguns momentos mostramos desânimo, o time baixou a guarda, e teve aquele final meio amargo. Essa é a
maior lição que tiramos daqui. Não podemos baixar de forma alguma a
nossa intensidade. Tivemos chances, não soubemos aproveitar e eles souberam fazer isso. Temos que consertar muitas coisas e aprender. O time dos Estados Unidos, nosso próximo adversário, tem muita qualidade. Será um teste importante para esse jogadores. Se há como testar uma geração é a forma como reagem a uma situação assim. Passamos por momentos assim no ano passado. Agora vamos vir para o tudo ou nada e torcer para que a França faça um bom resultado contra os Estados Unidos - disse Bernardinho.
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Bruninho endossa as palavras do treinador. Admite que a equipe perdeu um pouco do volume de jogo e disposição no início do último set. E sabe que uma postura assim, diante dos americanos, não poderá ser tolerada. O Brasil entra em quadra nesta quinta-feira precisando vencer os atuais campeões da competição por 3 a 0 ou 3 a 1 para seguir com chances de avançar às semifinais. A partida será às 14h05, com transmissão da TV Globo e do SporTV. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, com vídeos.
- O nosso saque tem que ser mais regular. Eu errei demais, e outros jogadores também. Temos que conseguir manter a agressividade e melhorar nossa virada de bola que não foi tão bem, tentar matar o ponto com mais rapidez. Acho que perder a disposição, como no começo do quarto set, não pode acontecer. A gente tem que tentar voltar para o jogo. Agora é tudo ou nada amanhã. Só depende da gente. Temos que estudar e fazer um jogo melhor do que fizemos hoje - afirmou o levantador.
A missão de bater a consistente equipe comandada por John Speraw deverá ser novamente sem a presença de Wallace. Com dores nas costas, que ficam ainda mais intensas quando salta, o oposto acompanhou o confronto do banco de reservas.
- É chato... Eu queria estar ajudando de qualquer maneira. Mas espero que a gente consiga uma vitória amanhã que vai ser essencial para o nosso caminho. Estou tomando remédio, fazendo fisioterapia, alongamento, tudo. Isso de manhã, de tarde e de noite. Estou tomando remédios mais fortes e sem eles estaria pior. Se tivesse que jogar hoje eu não conseguiria. Se estiver nessa situação
amanhã, prefiro não atrapalhar. Evandro consegue fazer bem o papel
dele - lamentou Wallace.
Bernardinho não cria expectivas. Frisou que Wallace ainda sente dores e que não deverá mesmo entrar em quadra.
Tabela
Quarta-feira
França 3 x 1 Brasil
Sérvia 2 x 3 Itália
Quinta-feira
14h05 - Brasil x Estados Unidos
16h05 - Polônia x Itália
Sexta-feira
14h05 - Estados Unidos x França
16h05 - Sérvia x Polônia
Sábado
10h00 - Semifinal 1
12h05 - Semifinal 2
Domingo
9h10 - Disputa do terceiro lugar
11h30 - Final