A maioria das pessoas faz exercícios físicos para melhorar a forma e ter uma boa saúde. Mas, um maratonista de Londrina, no norte do Paraná, pratica esportes para ajudar os outros. Wilson Duarte, de 62 anos, lançou uma campanha nas redes sociais para incentivar doações de sangue. Ele vai correr 30 km de uma prova se a cada 1.000 metros três pessoas doarem sangue.
Duarte lançou a campanha no seu perfil em uma rede social. “Tenho mais de 700 amigos em uma rede social. Se não tiver 90 amigos para doar sangue, a pessoa não é tão amiga quanto eu penso”, diverte-se o maratonista.
A coleta pode ser feita em qualquer lugar do Brasil, e para confirmar a participação na campanha, comprovando que fez a doação, basta mandar uma foto para ele pela rede social.
“Depois vou montar um livro com todos que doaram e vou compartilhar para que mais gente ajude e doe sangue”, diz o maratonista.
A campanha já ganhou adeptos. Um deles é Thiago Biasin, que correu até o hemocentro de Londrina para fazer a doação. “Se cada um fizer um pouquinho vai dar um grande resultado. Os bancos de sangue sempre estão precisando de doadores, e a gente nunca sabe o dia de amanhã”, conclui o atleta e doador.
As doações vão ajudar o Instituto de Hematologia de Londrina, que atende clínicas e hospitais de quatro cidades da região. Devido a grande demanda e poucos doadores, o estoque de sangue do Instituto está praticamente vazio. A geladeira deveria ter aproximadamente 500 bolsas de todos os tipos de sangue, mas, está com cerca de 120.
“Essa campanha do Wilson é maravilhosa, pois precisamos de doadores saudáveis. A campanha vai alertar principalmente essa moçada mais jovem, que se cuida, que se alimenta bem. Doação é vida”, destaca a gerente de relacionamento do banco de sangue, Meire Patriarca.
Iniciativas anteriores
Antes dessa iniciativa, Duarte doou R$ 7 mil arrecadados com uma prova de 84 km realizada em Santa Catarina para o Centro de Apoio a Pessoa com Câncer em Londrina. “Deu tão certo que quase faltaram quilômetros para as pessoas comprarem”, conta. Depois, repetiu a prova para comprar 108 pacotes de papel sulfite e ajudar o Instituto do Câncer.