A Arena do Futuro, uma das instalações que estão construídas no parque Olímpico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para sediar competições dos Jogos Olímpicos de 2016, não vai ter futuro como arena: está sendo levantada para depois ser demolida. Como legado, ela vai se multiplicar em quatro escolas públicas, com dois andares e 16 salas de aula cada.
A série sobre o legado das Olimpíadas, do RJTV, mostrou como a arena que está sendo construída será transformada em escolas. O galpão de aço e concreto vai desaparecer, mas quase tudo vai ser reaproveitado: as telhas, os painéis da fachada, e o piso, que vai ser dividido para ser usado nas quadras poliesportivas das escolas.
Os engenheiros separaram o sistema de ar-condicionado em quatro partes, uma para cada escola, e os pilares da arena vão sustentar os quatro prédios. Até rampas de acesso, portas, louças de banheiro, rodapés, esquadrias, luminárias vão ser aproveitados.
O projeto foi elogiado pelo Comitê Olímpico Internacional. A Arena do Futuro vai receber em 2016 as competições de handebol, nas Olimpíadas, e goalball, nas Paralimpíadas.
“Não construímos uma Arena do Futuro e ficamos perguntado ‘E agora, o que vai dar para fazer com essas peças?’. O pilar da Arena do Futuro foi pensado como o pilar da escola. Foi um projeto casado”, disse Roberto Ainbinder, diretor de Produção da Empresa Olímpica.
A desmontagem da arena vai demorar sete meses. As escolas devem começar a funcionar no início de 2108, ainda em locais não confirmados. A prefeitura estuda instalar duas escolas na Barra, na própria área do Parque Olímpico; a terceira deverá ser construída em outro ponto da Barra; e a última está planejada para o bairro de São Cristóvão, na Zona Norte.