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Bárbara "entrega musas" e diz que estética faz parte do futebol feminino

Goleira da Seleção diz usar maquiagem e revela querer evitar comentários como: "Nossa, essa é a goleira da Seleção? Que horror"

Por Direto de Natal, RN

Bárbara, goleira da seleção brasileira feminina (Foto: Cíntia Barlem)Bárbara, goleira da seleção brasileira feminina (Foto: Cíntia Barlem)

Fitinhas no cabelo, piercing, maquiagem...a seleção feminina não é somente treinamento e bola. As meninas tentam buscar nos acessórios o detalhe tão conhecido do mundo feminino. Com chamativos olhos verdes, a goleira Bárbara diz sim que os tempos são outros e a modalidade evoluiu não somente no lado profissional, mas também na aparência. Revelando quais são as musas eleitas entre as jogadoras, ela garante ser importante já que as atletas são vistas como celebridades. Arrancando risos na sala de entrevista, ela afirmou que fica ruim sair sem um mínimo cuidado já que estão todos de olho. E brincou sobre ser flagrada por alguém na rua sem o mínimo cuidado: "Nossa, essa é a goleira da Seleção? Que horror". A preocupação vai além do futebol.

- A gente conversa que temos algumas musas no time. Tem a Thaísa que é encantadora, tem a Mau (Maurine), que nunca deixa de usar uma base ou um lápis. Eu particularmente sou muito básica. Uma base mesmo, um rímel e só. Acho que hoje em dia o futebol feminino evoluiu não só no lado profissional como no lado mesmo da beleza. Hoje você já vê as meninas da seleção se arrumarem. Preocupação com cabelo, maquiagem. Eu sou assim. Não sou tão vaidosa, mas eu gosto de me arrumar, me preocupar como que vou me apresentar para as pessoas. Até porque quando você passa a ser visto por muitas pessoas você tenta se preocupar um pouco mais. Imagina? Você acorda e sai na rua e as pessoas vão dizer: "Nossa, essa é a goleira da Seleção? Que horror". Fica feio. Então temos que nos cuidar um pouco mais para aparecer na TV, para tirar uma foto. Hoje nos preocupamos muito mais além do futebol - disse Bárbara.

Mas se há delicadeza na aparência, ela mostra que nos treinamentos e no campo de jogo não há espaço para moleza. Sobe o tom quando fala sobre a disputa por uma vaga na lista olímpica. Garante que ali, entre elas, não há comodismo. Caso seja convocada, a goleira de 27 anos irá para sua terceira Olimpíada. E diz: com profissionalismo, independentemente de quem esteja na sua frente, ela "vai atropelar".

- Aqui o comodismo não tem que existir. Não existe. Eu falo porque já fui para duas Olimpíadas, quero estar na minha casa, quero estar em 2016. Vou brigar por isso independentemente de quem esteja na minha frente eu vou atropelar, claro, com profissionalismo acima de tudo. Mas a expectativa acredito que seja muito grande. Para mim que estou indo para terceira quero muito estar lá...imagina para quem vai pela primeira vez. É um mundo. A maior competição da modalidade, do esporte. Todo mundo quer estar dentro ainda mais sendo em casa. Todas estão treinando forte porque sabem que um pouco que a gente deixe de fazer hoje vai fazer falta lá na frente - declarou.

Barbara estava no banco durante o Mundial. Viu sua colega Luciana, que ocasião era titular, falhar na defesa que acabou dando o gol à Austrália e eliminando o Brasil da competição. Sobre o ocorrido, ela lembrou uma falha que teve em um amistoso da Seleção. Ressaltou que o assunto da Copa do Mundo não chegou a ser conversado. Disse que se trata de um momento pessoal: "Foi preferível esquecer o momento, trabalhar em cima do erro para que não viesse a acontecer mais".

Bárbara, goleira da seleção brasileira feminina (Foto: Cíntia Barlem)Bárbara diz que falha de goleiro é algo muito pessoal (Foto: Cíntia Barlem)

-  Acho que uma situação assim de derrota, de uma falha...é muito complicado. Eu estava jogando um amistoso em Recife, minha casa, fiz uma p. de uma c., tomei o gol, foi o único gol que a Seleção tomou e era eu ali. Foi um momento meu. Acho que qualquer pessoa que chegasse para mim para tentar me incentivar ou colocar para cima era um momento meu. Sou uma pessoa que se cobra muito. Eu iria independentemente de qualquer coisa, mesmo se minhas amigas estivessem do meu lado, eu iria baixar a cabeça. Eu sabia que aquele momento não foi um momento bom. A Luciana é muito reservada. A gente não chegou a conversar. Acho que é um momento muito pessoal. A gente deixou de lado. Foi preferível esquecer o momento, trabalhar em cima do erro para que não viesse a acontecer mais.

A Seleção volta a treinar neste sábado, às 17h30 (de Brasília). Na segunda rodada do Torneio Internacional de Natan, o time de Vadão encara o México, às 17h (de Brasília), na Arena das Dunas. As adversárias perderam por 3 a 0 para o Canadá na estreia. O Brasil bateu  Trinidad e Tobago por 11 a 0.

Barbara, Letícia e Luciana no treino da seleção brasileira (Foto: Cíntia Barlem)Luciana, Bárbara e Letícia no treino da seleção brasileira (Foto: Cíntia Barlem)