15/12/2015 18h33 - Atualizado em 15/12/2015 18h33

CPRM diz que água do Rio Doce está nos padrões do Ministério da Saúde

Volume de metais pesados seria o mesmo de antes de rompimento em MG.
Já pesquisadores da UNB afirmam que índices são elevados.

Do G1 MG

Água do Rio Doce às margens de uma Estação de Tratamento de Água em Governador Valadares (MG). (Foto: Sávio Scarabelli/G1)Água do Rio Doce às margens de uma Estação de Tratamento de Água em Governador Valadares (MG). (Foto: Sávio Scarabelli/G1)

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou nesta terça-feira (15) que o volume de metais pesados encontrados no Rio Doce é o mesmo observado antes do rompimento da barragem de Fundão, que liberou mais de 30 milhões de m³ de rejeitos em Mariana, na Região Central de Minas Gerais.

 

De acordo com o órgão, “os resultados de 2015 são, de modo geral, similares a levantamentos realizados pelo CPRM em 2010”.

Os valores obtidos nas coletas indicaram condições aceitáveis, de acordo com o Ministério da Saúde, exceto para o manganês que pode ser tratado em estações de captação de água.

pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB) que coletaram amostras de água e de lama do Rio Doce, afirmaram nesta terça que foram registrados índices elevados de arsênio, manganês, chumbo, alumínio e ferro.

O relatório é preliminar, de acordo com os próprios cientistas, e as análises estão temporariamente “suspensas” porque acabou o gás que alimenta a máquina que identifica e quantifica os elementos – ele dura dois dias e custa R$ 1,5 mil. O estudo considerou as concentrações de dez metais: alumínio dissolvido, ferro dissolvido, arsênio, manganês, selênio, cádmio, chumbo, lítio, níquel e zinco.

O CPRM colheu amostras em 13 pontos durante as primeiras análises, entre os dias 14 e 22 de novembro. Mais coletas estão em andamento.

“Os resultados confirmam que, depois de adequadamente tratada pelas companhias de saneamento de forma a torná-la compatível com os padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, a água pode ser consumida sem riscos”, informou o órgão.

Porém, o órgão afirmou que “a quantidade de material em suspensão na água alcançou níveis até 100 vezes superiores aos observados historicamente durante períodos de chuvas torrenciais”.

Após o rompimento da barragem, no dia 5 de novembro, houve aumento da turbidez da água do Rio Doce, diminuindo o nível de oxigênio, matando centenas de peixes e interrompendo o abastecimento de várias cidades.

Apesar de afirmar que a qualidade das amostras está dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde, o CPRM informou que a turbidez continua alta e que, por isso, as estações de tratamento ainda precisam adotar procedimentos especiais.

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