10/06/2016 17h30 - Atualizado em 10/06/2016 22h27

Grupo faz ato a favor da presidente afastada Dilma Rousseff, em Goiânia

Manifestantes se reuniram na porta da Tribunal de Justiça de Goiás.
Eles criticaram presidente em exercício, Michel Temer e fecharam avenida.

Vanessa Martins e Sílvio TúlioDo G1 GO

Grupo faz ato a favor da presidente afastada Dilma Rousseff, em Goiânia, Goiás (Foto: Vanessa Martins/G1)Grupo faz ato a favor da presidente afastada Dilma Rousseff, em Goiânia(Foto: Vanessa Martins/G1)

Um grupo de manifestantes se reuniu na frente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), nesta sexta-feira (10), em Goiânia, para protestar a favor da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Eles também fizeram críticas ao presidente em exercício, Michel Temer (PMDB). O grupo fechou durante a tarde a Avenida Assis Chateaubriand, no Setor Oeste, sentido ao Centro da cidade.

Os manifestantes se concentraram no local a partir das 16h30. A organização estima que cerca de 1,5 mil pessoas participaram do ato. Já a Polícia Militar, que acompanha o protesto, afirma que 100 pessoas estiveram no local.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Goiás (CUT-GO), Mauro Rubem, afirmou que o ato tem a intenção de mostrar que o governo Temer não tem legalidade.  "Esse ato nacional é contra governo golpista do Temer, ilegítimo, que não tem voto. É muita sujeira e precisa ser derrotado e ato contra a criminalização dos movimentos sociais”, disse.

Rubem destacou ainda que o protesto começou na porta do TJ-GO por um motivo simbólico. Além de ser a favor de Dilma, o grupo pede também a libertação de dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) presos, segundo ele, por “lutar pela reforma agrária em Goiás”.

Durante o ato, manifestantes usaram de diferentes performances para se expressar. O grupo Frente Universitária Contra o Golpe se reuniu em frente ao TJ-GO usando faixas sobre os olhos e posicionando os braços como "balanças", mas em níveis desiguais. Conforme a organização, "a proposta é criticar a ação do poder judiciário que, de forma geral, vêm dando pesos diferentes entre a direita e a esquerda".

Por volta das 18 horas, o grupo saiu em passeata sentido à Praça Universitária. Durante a passagem pelo Palácio das Esmeraldas, sede do governo do estado, a PM teve que fechar algumas entradas da Praça Cívica para a passagem dos manifestantes. Em um momento, alguns manifestantes queimaram um boneco simbolizando Temer.

Manifestantes queimaram boneco que representava Michel Temer (PMDB) durante protesto Goiânia Goiás (Foto: Vanessa Martins/G1)Manifestantes queimaram boneco que representava Michel Temer (PMDB) (Foto: Vanessa Martins/G1)

O grupo caminhou pela Avenida Universitária até a Praça Universitária, onde chegou por volta de 19h15. Os manifestantes andaram pelo anal externo e pararam para mais uma performance. A atriz Ana Cristina Evangelista, de 37 anos, realizou o ato chamado "Democracia Violentada", no qual se sujou de vermelho e outros manifestantes se deitaram no asfalto.

A participante ressaltou o impacto dessas performances durante as manifestações. "São importantes porque ajudam a  alertar sobre as propostas que pedimos. O povo precisa se envolver para lutar, então precisamos usar de todas as formas possíveis para chamar a atenção da sociedade", disse ao G1.

Depois da performance, o grupo se reuniu no meio da Praça Universitária para dar início a apresentações culturais.

Outros atos
Sindicatos ligados à educação protestaram na manhã desta sexta-feira em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), em Goiânia. O grupo pedia o pagamento do piso dos professores e a realização de concurso para contratação de novos docentes.

A Secretaria de Estado de Educação Cultura e Esporte (Seduce) informou à TV Anhanguera que um novo concurso público já foi autorizado e o processo está tramitando. A respeito do piso salarial dos professores, este deve ser pago a partir do próximo mês de julho com retroativo a janeiro.

Representantes dos sindicatos da saúde e membros da CUT-GO se reuniram em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica, pedindo que não sejam feitas mudanças no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outra manifestação feita por membros da CUT-GO e do MST fechou a Rua 3 no Centro da capital nesta manhã, em frente a uma agência da Previdência Social. A coordenadora da Federação dos Trabalhadores em Saúde e Previdência, Terezinha Aguiar, explicou os pedidos dos manifestantes. “Queremos e exigimos a volta do Ministério da Previdência como ele foi constituído há 92 anos. Segundo, contra a reforma da previdência que tira direitos dos trabalhadores”, afirmou.

A respeito das mudanças na previdência social, a Secretaria da Previdência em Brasília (DF) informou por telefone à TV Anhanguera que esperam a consolidação da reforma administrativa que está na Casa Civil.

Grupo faz ato a favor da presidente afastada Dilma Rousseff, em Goiânia, Goiás (Foto: Vanessa Martins/G1)Manifestantes apoiam Dilma e fazem críticas a Temer (Foto: Vanessa Martins/G1)
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