06/06/2016 18h25 - Atualizado em 06/06/2016 18h25

Polícia Civil pede prisão preventiva para médico suspeito de estupro

Dermatologista está preso desde o dia seis de abril em Montes Claros (MG).
Inquérito foi concluído e aponta que 13 pacientes sofreram os abusos.

Valdivan VelosoDo G1 Grande Minas

Médico foi preso pela Polícia Civil na clínica dele (Foto: Thiago Felipe/Arquivo Pessoal)Médico foi preso pela Polícia Civil na clínica dele em Montes Claros (Foto: Thiago Felipe/Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investiga os casos de estupros envolvendo um dermatologista em Montes Claros, no Norte de Minas. Linton Wallis Figueiredo Souza teve a prisão preventiva decretada e deve responder ao processo preso, no Presídio Regional de Montes Claros.

Segundo a delegada Karine Costa Maia, responsável pela investigação, ao todo foram identificadas 13 pacientes vítimas do médico Linton Wallis Figuriredo Souza. Karine Costa afirmou ainda que duas vítimas não quiseram representar contra o dermatologista e outro caso precisa de mais investigações.

O dermatologista está sendo acusado por seis crimes de estupro de vulnerável, três crimes de violação sexual mediante fraude e três por constrangimento ilegal. O G1 entrou em contato com o escritório do advogado que defende o dermatologista, mas até a publicação desta matéria ele não retornou aos telefonemas.

Entenda o caso
Linton Wallis Figueiredo Souza foi preso no dia 06 de abril, durante operação da Polícia Civil em Montes Claros. O dermatologista, inicialmente, foi acusado de estuprar duas pacientes, de 21 e 23 anos, durante procedimentos estéticos em sua própria clínica. De acordo com a Polícia Civil, ele escolhia as vítimas mais novas para cometer os crimes. Ele está preso no Presídio Regional de Montes Claros.

Após a prisão, a delegada recebeu novas denúncias. Entre elas, de uma adolescente de 16 anos, que afirmou ser também vítima do dermatologista. Segundo a jovem, ela fazia um tratamento com Linton Wallis desde junho de 2015, para retirar vários nódulos da virília, seios e axila. Segundo a paciente, durante um procedimento para cauterização, o dermatologista chegou a receitar sete comprimidos. Após um dos procedimentos, a adolescente acordou com dores. "No dia seguinte eu acordei com dores na região genital e com lembrança de que tinha um homem tentando me agarrar", afirmou a jovem.

O dermatologista teve a prisão provisória prorrogada por mais 30 dias, mas nesta semana a Justiça atendeu o pedido de prisão preventiva e ele deve ficar preso até o julgamento.

 

 

 

 

 

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