• Por Amanda Cruz
  • Por Amanda Cruz
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Trabalho de Shigeru em Cebu, Filipinas, em 2014 (Foto: Divulgação)

Trabalho de Shigeru em Cebu, Filipinas, em 2014. A estrutura da casa foi feita com tubos de papelão (Foto: Divulgação)

Shigeru Ban (Foto: Divulgação)

O arquiteto Shigeru Ban
(Foto: Divulgação)

“Arquitetos trabalham para pessoas ricas que querem tornar concretos seu poder e seu dinheiro. Não sou contra isso, mas acho também que devemos usar nossas habilidades para ajudar causas e cidadãos que estejam sofrendo.” Famoso por projetar moradias em áreas que passaram por desastres naturais, o arquiteto japonês Shigeru Ban abriu a série de palestras do seminário Arq. Futuro, realizado dia 23 no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, com uma ideia provocadora: fazer casas de papelão.

Autor de projetos em locais como Sri Lanka, Japão e Ruanda, Ban explica seu ponto de vista: “Dois problemas impedem a popularização do papelão em construções. O primeiro: para utilizá-lo em uma obra são necessárias licenças especiais dos governos. Depois, soluções mais baratas não geram o mesmo lucro para os profissionais envolvidos. Logo, não despertam tanto interesse”, diz.

Profissional premiado

Com agenda corrida e breve passagem pelo Brasil, Ban comentou também sobre sua mais recente conquista: o Pritzker 2014, um dos mais importantes prêmios mundiais de arquitetura. “Foi inesperado. Perguntei o porquê da escolha e soube que o motivo foi meu trabalho social”, afirma. O que ele espera depois dessa consagração? “Minha busca não é melhorar a técnica, mas resolver problemas em projetos. Quero desafios. Não faço nada com um terreno vazio”, finaliza.

Um dos projetos do arquiteto em Bhuj, na Índia, em 2001 (Foto: Divulgação)

Um dos projetos do arquiteto em Bhuj, na Índia, em 2001 (Foto: Divulgação)

Museu Red Cross, Genebra, Suíça, em 2013 (Foto: Divulgação)

Museu Red Cross, Genebra, Suíça, em 2013 (Foto: Divulgação)

Projeto de clube de golfe Haesley Nine Bridges, na Coréia, em 2010 (Foto: Divulgação)

Projeto de clube de golfe Haesley Nine Bridges, na Coréia, em 2010 (Foto: Divulgação)