29/08/2013 15h41 - Atualizado em 29/08/2013 16h01

Despesas sobem e esforço fiscal do governo recua 26,7% até julho

Superávit somou R$ 38 bi ante a R$ 51,9 bi em igual período de 2012.
Somente em julho, resultado ficou positivo em R$ 3,72 bilhões, diz Tesouro.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

As contas do governo central (União, Previdência Social e Banco Central) registraram um superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) de R$ 3,72 bilhões em julho e de R$ 38,1 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (29).

Com isso, houve uma queda no esforço fiscal de 26,7% no acumulado de 2013 sobre o mesmo período de 2012, visto que, de janeiro a julho do ano passado, o superávit somou R$ 51,97 bilhões. O recuo do superávit primário, neste ano, soma R$ 13,86 bilhões até julho.

Meta fiscal
A meta de superávit primário do governo, para este ano, está fixada em R$ 108,1 bilhões. Para todo o setor público consolidado, o que inclui, também, os estados, municípios e empresas estatais, a meta para o ano de 2013 é de R$ 155,9 bilhões, o equivalente a cerca de 3,2% do PIB.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou, na revisão do orçamento deste ano, no mês passado, que o setor público poderá abater cerca de R$ 45 bilhões da meta global de R$ 155,9 bilhões por conta de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – possibilidade já autorizada pelo Congresso Nacional.

Com isso, o superávit primário de todo o setor público poderia recuar para até cerca de R$ 111 bilhões neste ano – o equivalente a 2,3% do PIB. Para atingir esta meta, a equipe econômica anunciou, no mês passado, um bloqueio extra de R$ 10 bilhões em gastos na peça orçamentária deste ano, valor que se soma aos R$ 28 bilhões já cortados em maio deste ano.

Receitas e despesas
Os números do Tesouro Nacional mostram que as despesas continuam crescendo a um ritmo bem mais forte do que a arrecadação federal neste ano.

Nos sete primeiros meses de 2013, a receita total (o que inclui dividendos de estatais) somou R$ 658 bilhões, com alta de 7,9%, ou R$ 48 bilhões, frente ao mesmo período do ano passado (R$ 610 bilhões).

Ao mesmo tempo, as despesas totais do Tesouro Nacional somaram R$ 510 bilhões de janeiro a julho deste ano, com uma alta maior frente a igual período do ano passado: de 12,8% - o equivalente a R$ 57,8 bilhões de expansão.

Gastos com investimentos
No caso dos investimentos, as despesas somaram R$ 38,8 bilhões de janeiro a julho deste ano, informou o Tesouro Nacional, valor que representa estabilidade (alta marginal de 0,1%) frente a igual período de 2012. Sobre as despesas do PAC, que somaram R$ 26,5 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, houve alta de 6,8% sobre igual período do ano passado (R$ 24,8 bilhões), informou a Secretaria do Tesouro Nacional.

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