04/11/2013 13h54 - Atualizado em 04/11/2013 13h55

Twitter eleva preço de ação em IPO para entre US$ 23 e US$ 25

Empresa pode levantar até US$ 1,86 bilhão com lançamento de ações.
Microblog vai lançar ações na Bolsa de Nova York.

Do G1, em São Paulo

O Twitter elevou nesta segunda-feira (4) a faixa de preço esperado por ação na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) para entre US$ 23 e US$ 25. A estimativa de preço anterior era de US$ 17 a US$ 20 por ação. O valor da ação deve ser fixado na quarta-feira, com o início das negociações na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) na quinta-feira.

Em nota enviada à Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos Estados Unidos), o Twitter afirmou que deve obter, com as vendas das ações, cerca de US$ 1,62 bilhão – ou aproximadamente US$ 1,86 bilhão se forem exercidas todas as opções para de compra de ações adicionais.

A companhia escolheu a Bolsa de Nova York para negociar seus papéis, preterindo a bolsa eletrônica Nasdaq, escolhida pela maioria das empresas de tecnologia, como o Facebook e o Google. O símbolo escolhido pela companhia é o "TWTR", que já gerou confusão entre investidores.

Criadora do hashtag, técnica que agrega conversas que utilizem um mesmo termo, a rede possui 215 milhões de usuários e chega a receber por dia meio bilhão de tuítes por dia, informa a companhia no documento.

A abertura de capital do Twitter é a mais aguardada do mundo digital desde que o Facebook se tornou uma empresa aberta em maio de 2012. Na época, a rede social arrecadou US$ 16 bilhões e teve valor de mercado fixado em US$ 104 bilhões, quando suas ações foram vendidas a US$ 38.

Mobilidade
No entanto, há diferenças marcantes entre a situação financeira das situações pré-IPO de Twitter e Facebook. Enquanto a rede de Mark Zuckerberg demorou a conseguir faturar com seu crescente número de usuários móveis, o microblog informa que 65% de seu faturamento já vêm de dispositivos móveis.

Além disso, os 218,3 milhões de usuários do Twitter são mais móveis que os do Facebook. Enquanto no Facebook, os usuários que acessam a rede por meio de celulares e tablets beiram chegaram aos 71% somente em junho de 2013, no Twitter, os "usuários móveis" já são 75% do total.

Os bancos que subscreverão a entrada do Twitter na Bolsa são Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP Morgan, Merril Lynch, Deutsche Bank, Allen & Company e Code Advisors.

Após faturar em todo ano de 2010 US$ 28,2 milhões, o Twitter elevou sua receita para US$ 253,6 milhões no segundo trimestre de 2013. Entre os meses de abril e junho deste ano, a empresa registrou prejuízo de US$ 69,2 milhões.

Brasil no caminho
Da receita total, 17% vieram de fora dos Estados Unidos (US$ 53 milhões) em 2012. A fatia internacional subiu para 25% (US$ 62,8 milhões), em 2013. Os principais países fontes de receita, segunda a empresa, são países como Austrália, Brasil, Canadá, Japão e Reino Unido.

De todos os usuários do Twitter, 169,1 milhões são de fora dos EUA, enquanto apenas 49,2 milhões são norte-americanos. No entanto, a empresa aponta que a expansão internacional é uma das metas quando se tornar uma companhia aberta, pois a receita com anúncio por timeline vista é de US$ 2,17 nos EUA, mas apenas de US$ 0,30 fora do país.

Para mudar esse quadro, o microblog pretende ampliar sua área comercial em países chave, como o Brasil. Estão nessa lista ainda Austrália, Irlanda e Holanda. Além disso, os usuários do Twitter são mais móveis que os do Facebook. Enquanto no Facebook, os usuários que acessam a rede por meio de celulares e tablets beiram os 50% agora, no Twitter, esse percentual chegou a 75% do total em junho deste ano.

Conselho
O Conselho de diretores será formado por Jack Dorsey, 36, fundador do site que ocupará a função de presidente. Além dele, farão parte do Conselho: Peter Chernin, 62, que já foi presidente-executivo da News Corporation e é fundador da produtora de televisão Chernin Entertainment; Peter Currie, 57, que foi presidente da firma investimentos Currie Capital;  Peter Fenton, 41, investidor da indústria de startups que também aportou capital no Yelp além de ter apostado em companhias que foram vendidas para o Yahoo!, IBM, Cisco e Red Hat; David Rosenblatt, 45, que já foi executivo do Google; e Evan Willians, 41, um dos antigos presidentes-executivos do próprio Twitter.

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