23/06/2013 13h59 - Atualizado em 24/06/2013 08h37

Manifestantes realizam ato público contra abertura da Estrada do Colono

Ato público foi realizado na manhã deste domingo (23), em Foz do Iguaçu.
Eles também protestaram contra a construção da usina do Baixo Iguaçu.

Cassiane SeghattiDo G1 PR, em Cascavel

Cataratas do Iguaçu (Foto: Neide Duarte/ TV Globo)Ato público foi realizado nas Cataratas do Iguaçu (Foto: Neide Duarte/ TV Globo)

Cerca de 150 pessoas participaram de um ato público na manhã deste domingo (23) no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Entidades e ambientalistas protestaram em defesa ao meio ambiente e também querem despertar a atenção das autoridades. O grupo entregou panfletos em quatro idiomas para explicar aos turistas o motivo da manifestação.

Ao G1, o presidente da Associação de Defesa e Educação Ambiental de Foz do Iguaçu (Adeafi) André Alliana, explicou que o motivo do ato público é porque o segundo parque nacional mais visitado do Brasil está ameaçado. Segundo ele, por causa da autorização da abertura da Estrada do Colono e a construção da usina do Baixo Iguaçu, entre Capanema e Capitão Leônidas Marques.

“Uma série de pessoas vieram até o parque fazer a defesa da manutenção do Parque Nacional do Iguaçu, que está com a integridade ameaçada com a abertura da Estrada do Colono”, disse. André afirmou que com a abertura da estrada, uma das áreas mais sensíveis do parque será afetada. “Vai acabar com 5% do parque. O problema é que é 5% bem no meio do parque. Os animais vão acabar deixando de transitar nesse espaço. Acaba tendo a perda de uma biodiversidade muito grande”, complementou.

Sobre a Usina do Baixo Iguaçu, ele disse que a preocupação é como a construção vai impactar o parque, já que está projetada para uma área a 500 metros da reserva. “A usina é uma ameaça principalmente na sua construção. E como construir uma usina desse porte a 500 metros do parque? A quantidade de equipamento, gente, maquinários a essa distância, obviamente que um empreendimento desse tamanho é algo que vai impactar”, assegurou.

Alliana também informou que as entidades e ambientalistas vão continuar fazendo atividades para chamar a atenção das autoridades até que os problemas sejam resolvidos.