As ações chinesas arrastaram as bolsas asiáticas para nova mínima de nove meses e meio nesta segunda-feira (24), devido às preocupações de investidores sobre a estabilidade financeira e econômica de Pequim e à dificuldade dos mercados de precificar o plano do banco central dos Estados Unidos de reduzir seu estímulo ainda neste ano.
Às 7h42 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 1,97%, para o menor nível desde o início de setembro, após registar a pior semana desde maio de 2012 com uma queda de 4,5% na semana passada.
As ações do setor bancário da China lideraram a espiral de queda depois de notícias oficiais no fim de semana sugerindo que Pequim continuará a lidar com os riscos do sistema bancário sem regulação.
O BC chinês exacerbou o nervosismo ao dizer que a liquidez no sistema financeiro do país é "razoável". Ele também prometeu "ajustar" a política monetária "prudente" existente.
As ações de Hong Kong recuaram 2,22% e as de Xangai despencaram 5,30%. O subíndice financeiro de Xangai perdeu 7,37%, na pior perda diária desde novembro de 2008.
"Acho que o mercado está esperando que 'ajuste' signifique um aperto da liquidez no futuro, especialmente depois da maneira como a mídia oficial falou sobre o sistema financeiro sem regulação durante o fim de semana", disse o chefe de pesquisa do Huaxi Securities Cao Xuefeng.
As ações australianas perderam 1,47%, pressionadas pelas preocupações com a desaceleração do crescimento na China, seu principal mercado de exportação.
Um iene mais fraco ajudou a elevar o índice Nikkei do Japão no início do pregão, mas ele devolveu os ganhos e fechou em queda de 1,26%, uma vez que os investidores permaneceram nervosos após a fuga desordenada do mercado global na semana passada e a nova queda nas ações chinesas.
O mercado sul-coreano teve queda de 1,31%, enquanto a bolsa de Taiwan recuou 0,45% e Cingapura retrocedeu 1,60%.